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‘Precisamos nos acostumar’, diz secretário de Segurança sobre guerra entre facções no Acre

Secretário de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC), Vanderlei Thomas

Com uma série de assassinatos e tentativas de homicídios desde o sábado, 30, o estado do Acre registrou, até terça-feira, 3, 14 mortes violentas. O secretário de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC), Vanderlei Thomas, associou as mortes a briga entre facções criminosos e aconselhou a população a se acostumar com a situação.

A declaração foi dada durante entrevista à Rádio CBN Amazônia, nesta quarta, 4, em Rio Branco.

Thomas ressaltou também que as polícias têm se empenhado em reduzir a violência no estado, mas as facções estão instaladas e brigam por territórios de venda de drogas. Ele lembrou que o problema começou após a morte de um traficante no Mato Grosso, em 2016, e logo depois outra facção passou a buscar outros pontos para vender entorpecentes.

“O estado do Norte tem experimentado uma expansão e instalação de organizações, que não tem um código de conduta, vão se instalando, buscando dominar o território e são capazes de fazer tudo, de matar e morrer”, disse

“Essa guerra se instalou e precisamos nos acostumar a ela. Não vivemos a mesma realidade que vivíamos sem essa instalação. É claro que não podemos naturalizar as mortes”, ponderou.

Sobre a chacina de Assis Brasil, onde quatro pessoas foram assassinadas dentro de uma casa na noite deste domingo, 1º, Thomas explicou que a polícia já identificou os suspeitos e aguarda cumprir os mandados de prisão contra eles.

“Assis Brasil é bastante pacata. Ano passado foi só um homicídio, não se pode dizer que é município violento. É uma cidade de fronteira e está inserida na área de retaliação de uma facção contra outra. As autorias foram identificadas, os mandados de prisão estão sendo expedidos e, no dia de hoje [quarta,4], teremos as primeiras prisões”, declarou.

O secretário também criticou a imprensa pela divulgação da violência no estado. “Os meios de comunicação contribuem nisso, são formadores de opinião. Os órgãos de comunicação não têm ajudado nisso, de divulgar uma cultura de paz, no sentido de alertar a sociedade enquanto a essa agregação e luta que é de todos nós”, afirmou.

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