X

Após 10 dias, campanha de vacinação contra pólio e sarampo alcança apenas 14% das crianças

Depois de 10 dias do início da campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite, a cobertura vacinal ainda é baixa. Segundo dados da Secretaria de Saúde, apenas 14,26% do público-alvo da imunização contra sarampo e 14,15% da contra pólio foi vacinado no Acre. A ação começou no dia 6 de agosto e segue até o dia 31 deste mês.

O percentual está longe de alcançar a meta que é de vacinar 90% do público alvo – crianças de 1 ano a menores de 5 anos. Ao todo, o Ministério da Saúde encaminhou 160.930 mil doses para o estado acreano.

A perspectiva é que a procura pelas vacinas aumentem, sobretudo devido ao “Dia D” que ocorre neste sábado, 18, quando todas as unidades básicas de saúde estarão de portas abertas para oferecer as vacinas.

“A expectativa é de que a população busque o serviço de vacinação, pois o sarampo é uma doença contagiosa grave que pode levar à morte. Quem acompanha as notícias viu que neste ano já são seis óbitos no Brasil”, alertou a enfermeira da equipe técnica do setor de Imunização, Núbia Campos.

A enfermeira lembra que na última sexta-feira, 10, dois casos de sarampo foram confirmados, sendo um em Rio Branco e outro no município de Capixada. “Não podemos deixar de buscar a única forma de evitar essa doença que é a vacinação”.

Vacinação polêmica

Uma das possíveis causas para a baixa adesão é a polêmica em torno da vacina contra HPV. No Acre, 17 meninas sofrem com reações após tomar a vacina. Apesar de não ser a mesma vacina da campanha, muitos pais estão receosos em imunizar seus filhos.

É o caso da empresária Delly Costa, mãe do pequeno João Vinícius, de 3 anos. Ela conta que, antes de levar o pequeno para vacinar, pesquisou sobre possíveis reações da vacina.

“Fiquei bastante receosa, aliás, sempre fico receosa com essas vacinas de campanha. Ainda mais depois dessas reações contra o HPV. Mas, mesmo assim, levei pra vacinar porque eu vi também que está dando um surto de sarampo. E ele não teve nenhuma reação.”

Sobre a polêmica da vacina do HPV, a enfermeira esclarece que não há nenhuma relação entre as vacinas que são para diferentes doenças. “Apesar das notificações tardias, esses casos com relação ao HPV estão sendo investigados pelo Estado e Ministério da Saúde. A campanha é de sarampo e poliomielite, o público-alvo é outro. Os pais precisam se preocupar com a saúde de seus pequenos”.

A Gazeta do Acre: