A campanha nacional de vacinação contra poliomielite e sarampo começa na próxima segunda-feira, 6, e vai até o final do mês. No Acre, 63,5 mil crianças de um a cinco anos de idade devem ser imunizadas independentes da situação vacinal.
O objetivo da campanha é aumentar as coberturas vacinais do país e evitar reintrodução dessas doenças, já eliminadas no país. Ao todo, 11,2 milhões de crianças devem ser vacinadas no Brasil.
O dia D de mobilização nacional ocorre no sábado, 18, quando mais de 36 mil postos de vacinação estarão abertos ofertando as vacinas. A meta, segundo o Ministério da Saúde, é imunizar pelo menos 95% das crianças.
Foram enviadas mais de 160 mil doses das vacinas Inativada Poliomelite (VIP), Vacina Oral Poliomielite (VOP) e Tríplice Viral para o estado acreano. No total, foram distribuídas 28,3 milhões de doses das vacinas.
Este ano, a campanha de vacinação é indiscriminada e pretende vacinar todas as crianças dessa faixa etária para manter coberturas homogêneas de vacinação. Para a poliomielite, as que não tomaram nenhuma dose durante a vida receberão a VIP. Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a VOP, a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice viral, independente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.
Nos estados que registraram casos de sarampo, como Roraima, Manaus e Rondônia, a vacinação foi antecipada como medida de bloqueio para interromper a circulação do vírus.
Queda na vacinação
Desde que observou redução nas coberturas vacinais do país, o Ministério da Saúde tem alertado sobre o risco da volta de doenças que já não circulavam no Brasil, como é o caso do sarampo.
Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: em Roraima e no Amazonas. Além disso, alguns casos isolados foram identificados nos estados de Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13); Pará (2), Rondônia (1) e São Paulo (1). O reaparecimento da doença está relacionado às baixas coberturas e a presença de venezuelanos no país, comprovado pelo genótipo do vírus (D8) identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela. Até o dia 17 de julho, foram confirmados 822 casos de sarampo no Amazonas e em Roraima.