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Ministério da Saúde aponta que número de fumantes passivos no local de trabalho caiu

O Ministério da Saúde divulgou dados do último levantamento do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2017). O estudo apontou uma queda de 54,2% no percentual de fumantes passivos no local de trabalho nos últimos nove anos.

O dia Nacional de Combate ao Fumo foi celebrado na quarta-feira, 29. O país comemora a queda em 44,6% no percentual de fumantes passivos no local de trabalho nos últimos nove anos no Brasil.

“Houve um avanço importante na redução da exposição de pessoas ao fumo passivo, e esse impacto foi verificado após a regulamentação da Lei que proíbe o ato de fumar cigarros, charutos, narguilés e outros produtos em locais fechados e de uso coletivo”, afirmou a diretora geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Maria de Fátima Marinho.

Além disso, a política de preços mínimos é um exemplo, pois está diretamente ligada à redução do consumo do cigarro em todas as faixas etárias. Considerando que a experimentação de cigarro entre os jovens é alta e que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos, o preço é um inibidor.

Mesmo com todos os programas existentes para tratamento do tabagismo, a estimativa é que Rio Branco tenha mais de 24 mil fumantes maiores de 18 anos.

Vale ressaltar que o cigarro é a causa de 97% dos casos de câncer de pulmão registrados no Acre. A estatística faz parte de um levantamento da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia no Acre (Unacon).

Além do câncer de pulmão, os dados da Unacon mostram que o fumo também influencia em casos de câncer de boca, faringe, laringe e esôfago.

Em 2017, a unidade atendeu 18 casos de câncer de pulmão em mulheres e 22 em homens adultos. No ano passado, a unidade atendeu dez casos de câncer no esôfago em homens e cinco em mulheres que tinham relação com o cigarro.

O SUS oferece tratamento gratuito para os fumantes. Para isso, a população deve procurar centros/postos de saúde ou a Secretaria de Saúde do município para informações sobre locais e horários de tratamento.

Para outras informações, ainda é possível consultar a Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou entrar em contato com o Disque Saúde 136. São ofertados gratuitamente medicamentos como adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.

Jovens usam cada vez mais o narguilé

De origem árabe, o narguilé tem atraído muitos jovens e uma das suas vantagens é o sabor é bem mais doce que o cigarro tradicional. Há quem acredite que fumá-lo é uma alternativa segura para não comprometer a saúde, mas estudos mostram que não.Os resultados foram praticamente os mesmos de outros estudos que já avaliaram os malefícios do tabagismo.

Em outra pesquisa feita apenas com estudantes de escolas públicas e privadas de todo o País mostra que o uso do narguilé avança entre adolescentes. De acordo com o trabalho, 9% dos alunos do 9.º ano do ensino fundamental haviam fumado com o aparelho em 2015.Três anos antes, eram 7%.

 

 

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