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Microfones abertos

Começa hoje o horário eleitoral no rádio e televisão e convém lembrar aos dirigentes partidários e candidatos que se trata de uma concessão que lhes é concedida, gratuitamente, para expor suas propostas e planos de governo e não um espaço para ataques e baixarias.

Como as sucessivas pesquisas indicam e este jornal também mostrou ontem, a sociedade e, de modo particular, os eleitores, estão descrentes, enojados mesmo, com a atividade política por conta dos sucessivos escândalos de corrupção que jogaram o país no caos, a começar pelo golpe parlamentar e um governo imposto que conseguiu a proeza histórica de uma rejeição de quase 100% da sociedade.

Com esta conjuntura econômica, política e institucional, os partidos políticos e seus candidatos terão sim dificuldades de atrair a atenção dos ouvintes e telespectadores e, certamente, não será com baixarias que irão conseguir e, sim, com projetos, propostas e planos para resolver ou, pelo menos, minorar os graves problemas, entre eles os do desemprego e da criminalidade.

No caso aqui do Acre, os chamados candidatos governistas têm a tarefa de mostrar e defender o que realizaram durante essas duas décadas que estão no poder e propor novos avanços. Já os candidatos oposicionistas têm sim o direito de mostrar e criticar o que não funcionou e propor mudanças. Porém, precisam explicar que mudanças seriam essas – se seriam, de fato, um avanço ou um retrocesso.

Enfim, os microfones e câmeras estão abertos e o desafio está posto.

Fabiano Azevedo: