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Omissão criminosa

Nada a opor ou a contestar sobre esses números divulgados ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que apontam o Acre como o segundo Estado com índices de criminalidade mais alto do país, com 63,9 de mortes violentas por 100 mil habitantes.
Aliás, o próprio governador Tião Viana, em uma resposta incisiva às declarações da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, disse que “somos um estado que não esconde números”.
O que se tem a observar é que os autores e divulgadores dessas pesquisas, quase sempre, omitem ou dão pouca ênfase à causa principal por esses números, que são as fronteiras abertas, escancaradas, com os países tidos como maiores produtores e exportadores de drogas. Talvez, porque nem saibam onde o Acre se situa, geograficamente, fazendo fronteira de 2 mil quilômetros com esses mesmos países.
E se omitem também em apontar o principal responsável por essa tragédia nacional – o Governo Federal, que tem a obrigação constitucional de vigiar essas mesmas fronteiras.
Uma omissão, diga-se, criminosa, porque vem sendo alertado, seguidamente, pelos governadores das regiões Norte e Nordeste e de outros estados e até agora apenas acenou, negaceou com algumas medidas e nada foi feito para combater o narcotráfico que abastece as facções criminosas, responsáveis por esse aumento da criminalidade.

Fabiano Azevedo: