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Sem contemplação

Na quarta-feira, foi aqui na Capital e ontem em Tarauacá que mulheres de presos saíram às ruas para pedir melhorias nas condições dos seus maridos e parentes encarcerados e para protestar contra direitos que não estariam sendo garantidos pelo poder público.
Nada a opor a manifestações justas, mas, neste caso, é evidente que se trata de um movimento orquestrado e dirigido de dentro dos presídios por dirigentes das famigeradas facções criminosas que querem forçar o Iapen a ceder às suas pressões, tendo inclusive declarado uma suposta greve de fome.
Em nota, a direção do Iapen se disse aberta ao diálogo, mas já adiantou que não cederá a qualquer tipo de pressão ou facilidades indevidas e assim deve ser.
Foi cedendo a este tipo de pressão, que as facções criminosas se fortaleceram e passaram a agir com desenvoltura, como um poder paralelo, em algumas Capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e outras. E deu no que deu.
Ao cederem a essas chantagens e até mesmo negociarem, às escondidas, com os líderes dessas organizações criminosas, as forças de segurança desses estados perderam o controle e os índices de criminalidade dispararam, vertiginosamente.
Esses grupos criminosos já deram amostras suficientes tanto lá como aqui que não estão dispostos a ceder em seus propósitos ou se redimir. Por isso, devem ser tratados com o rigor da lei, sem contemplação ou o poder público e a sociedade se tornarão reféns de suas atrocidades.

Fabiano Azevedo: