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Um mínimo de decência

Com as convenções dos principais partidos e coligações realizadas, é de esperar dos seus candidatos, sobretudo, a cargos majoritários um mínimo de consciência e decência para elevar o nível de suas atividades e debates ao longo desses próximos dois meses de campanha eleitoral.
Eles devem se lembrar que em qualquer pesquisa que se faça sobre a credibilidade das instituições do país, a classe política aparece, invariavelmente, nos últimos lugares, porque a sociedade cansou e pode-se dizer enojou do baixo nível e das trapaças perpetradas nas diversas instâncias legislativas, a começar pelo Congresso Nacional.
Aliás, ontem mesmo divulgou-se uma dessas pesquisas, do Ibope, a qual registra que 45% dos eleitores se dizem “pessimistas” ou “muito pessimistas” coma eleição presidencial – índices que se refletem também para as eleições nos estados.
Diante dessa triste realidade, é de esperar, portanto, que os líderes partidários e seus candidatos reajam e se atenham em suas atividades e debates ao que interessa à sociedade: a apresentação de propostas e planos de governo para solucionar os problemas econômicos e sociais.
Se é verdade que não se pode exigir de políticos que se comportem como noviços, deve-se exigir que não se comportem como fascistas ou nazistas, resumindo suas campanhas à máxima preconizada por Joseph Goebbels, segundo o qual “temos que fazer crer que a fome, a sede, a escassez e as enfermidades são culpa dos nossos opositores e fazer que nossos simpatizantes repitam isso a todo momento”.

Fabiano Azevedo: