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Mulher, acorde para a vida!

 

“Você não está só. Existe uma legião de outras mulheres assim também. Infelizmente. Procure ajuda”

Violência contra mulher não é um assunto novo. Mas, a cada novo caso que a mídia esmiúça até o último detalhe, há uma sensação de perplexidade. Como que algo tão baixo como a violência física existe entre casais tão jovens e bonitos?
Mas, os casos de violência doméstica podem ser descritos em linhas gerais, mais ou menos assim.Tudo começa com uma agressão verbal, um insulto ou xingamento. Depois vem outros até que, na cabeça do agressor, é pouco e ele precisa se impor cada vez mais. Como a mulher nada fez, ele parte para a segunda fase.
E aí que começam as pequenas agressões físicas, como um “segurão” no braço, um empurrão e logo as mais contundentes começam a surgir e a coisa sai do controle. Socos, chutes, tapas (geralmente no rosto) começam a ser frequentes e, por vergonha da família, amigos, medo de perder uma estabilidade financeira ou receio das ameaças de perda dos filhos, crença de que será a última vez que aquilo acontece, e pior, como se a culpa fosse de quem é agredida, ficam inertes.
Se você é mulher e passa por esse tipo de situação, acorde para a vida. Você não está só. Existe uma legião de outras mulheres assim também. Infelizmente. Procure ajuda. Não espere que esse ciclo chegue à última fase.
Por fim, o próximo e último estágio de uma relação conturbada de violência doméstica contra a mulher, infelizmente, é a morte! Cansadas de tanta humilhação e impotentes perante si, dão cabo à própria vida ou exploram a situação que estão vivendo provocando (e porque não acelerando) o fim da vida. Triste realidade.
Situações como essas acontecem mais perto da gente do que imaginamos. Essas mulheres precisam de ajuda e não de julgamento, principalmente o seu.
E aos covardes que se aproveitam da fragilidade física da mulher, fica aqui meu conselho, a justiça existe. E se você se garante tanto na brutalidade, não faz ideia da grandeza da força interior de uma mulher que é capaz de mudar e se reinventar para viver em paz. Você é capaz disso?

Bruna Lopes é jornalista.
jornalistabrunalopes@gmail.com

Fabiano Azevedo: