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Sobre agosto

“Há quem diga também que agosto é o mês do desgosto ou do azar”

 

Agosto. Oitavo mês do ano. E se escrever o oito na horizontal vira o símbolo do infinito. Tem como característica ser a sucursal do inferno quando se trata de calor. Além disso, dentro dos 30 dias cabem o dobro ou até mais. Mas, isso era antes…
Nos dias atuais tudo mudou. Em agosto agora chove. Quem poderia imaginar acordar com uma chuvinha boa na janela na metade de agosto? Os mais velhos iam dizer ser loucura.
Em agosto se comemora o dia dos pais, dos estudantes, dos solteiros, do folclore, do soldado, dos bancários e do nutricionista.
Há quem diga também que agosto é o mês do desgosto ou do azar. A história conta que os romanos deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao Imperador Augusto, quando estavam acontecendo os mais importantes fatos de sua vida.
E tem mais história. As mulheres portuguesas não casavam nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para o Brasil.
O motivo, como e quando agosto começou a ser um mês azarento é que ninguém sabe explicar. Ou talvez justifique. Confere a lista de acontecimentos nesse período.
Não satisfeitos com milhões de vítimas causadas pela I Grande Guerra Mundial iniciada no dia 1º de agosto de 1914, os homens iniciam a II Grande Guerra Mundial em agosto de 1939.
Mais de duzentas mil pessoas morreram nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, quando as cidades de Hiroshima e Nagazaki foram destruídas pela bomba atômica.
Enquanto isso, no Brasil, como resultado de uma crise política que assolou o país, suicidou-se, às 08h30 horas do dia 24 de agosto de 1954, no Rio de Janeiro, o então presidente da República Getúlio Vargas. Além disso, foi em 22 de agosto que Juscelino Kubitscheck morreu em um desastre automobilístico.
Sobre agosto de 2018, ele está sendo surpreendente. Mas, de uma forma positiva. No entanto, aquele pé atrás é de lei.

 

*Bruna Lopes é jornalista.
jornalistabrunalopes@gmail.com

Fabiano Azevedo: