Após publicação da portaria que autoria a Polícia Rodoviária federal (PRF) realizar novo concurso, o órgão afirma que deve divulgar o edital de abertura de inscrições nas próximas semanas, ainda no mês de agosto. A banca organizadora deve ser anunciada nos próximos dias.
Vale lembrar que a autorização atrasou devido a um pedido no acréscimo de vagas por parte da corporação, porém, o aval foi mesmo para as 500 vagas previstas inicialmente.
A autorização determina um prazo de até seis meses para a publicação do edital, ou seja, até 27 de janeiro. Porém, o órgão não deve aguardar esse limite para iniciar o certame, tendo em vista que a intenção inicial do ministro da Segurança, Raul Jungmann, era publicar o documento em junho, o que somente não foi possível em decorrência do impasse pelo aumento da oferta, que acabou atrasando a autorização do MPDG.
Para concorrer ao cargo de policial rodoviário federal é necessário possuir curso de nível superior em qualquer área de formação, além de carteira de habilitação a partir da categoria “B”. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais.
A remuneração inicial da categoria passou a ser de R$ 9.931,57, já somado ao auxílio-alimentação de R$ 458. Em janeiro de 2019, os servidores contarão com um reajuste, quando o salário passará a ser de R$ 10.357,88, também com o benefício.
Apesar dos esforços, o quantitativo não deve suprir as necessidades do órgão, segundo diretor-geral da PRF, Renato Dias. Ele afirma que a corporação precisa de 3 mil novos servidores, que podem ser convocados pelo aproveitamento de vagas remanescestes, independente da oferta imediata de 500 vagas. Este ano, cerca de 2 mil servidores deverão se aposentar.
Em declaração à imprensa, em dezembro, Dias confirmou que a corporação pode entrar em colapso caso o concurso não seja realizado no decorrer de 2018. Segundo ele, a carência de pessoal, que atualmente é de 2.800 policiais, deve chegar a 4.800 até o final de 2018, e decorrência de aposentadorias, o que reforça a necessidade de nova seleção para recompor o efetivo, o quanto antes.
Ao todo, 124 de barreiras que podem ser fechadas em todo o Brasil por causa da falta de pessoal, caso o concurso não seja realizado, além de prejudicar as atividades operacionais. Com isso, 400 municípios estariam com a segurança nas vias federais comprometida, com a suspensão de policiamento em 18 mil quilômetros de rodovias.