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Trabalhadores dos Correios no Acre aprovam proposta de Acordo Coletivo e dizem não à greve

Em assembleia ocorrida na noite de terça-feira, os trabalhadores dos Correios decidiram não deflagrar greve. Apesar disso, o estado de greve está mantido para a possibilidade de uma mobilização, caso não haja avanços nas negociações que buscam o fim da entrega alternada, o fechamento de agências, as demissões, o fim da cobrança da cobrança do plano de saúde e outras reivindicações.

Em todo o país, esta é a primeira vez, em mais de duas décadas, que os Correios e as representações sindicais chegam a um consenso sem a realização de greve.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect/AC), Suzy Cristiny, houve um acordo parcial em que os funcionários aceitaram o aumento de 3,68%, a manutenção do acordo coletivo e o tíquete alimentação.

“Tivemos um aumento que é um percentual pequeno e a manutenção dos acordos feitos anteriormente. Mas ainda existem outras lutas para evitar que o povo fique sem os serviços dos Correios, porque a direção quer acabar com a empresa, fechando agências e desempregando mais pessoas, o que não podemos deixar”, comentou.

Ela denuncia, também, sobre a determinação da estatal em cobrar pelos planos de saúde, chegando a consumir até 40% do salário líquido.

“O plano de saúde serve para atender o trabalhador que pode sofrer algum acidente de trabalho, como um câncer de pele, um atropelamento e outros problemas relacionados à função. Só que a empresa decidiu tirar do bolso do empregado problemas causados pela própria empresa”, alertou a presidente do Sintect/AC.

A líder do sindicato ainda reclamou da política de fechamento de agências, dificultando o envio de postagens.

“A empresa é pública, portanto, tem uma responsabilidade social com a população. Temos muitas famílias que sacam dinheiro nas agências, que solicitam CPF e enviam correspondências. Se houver o fechamento, existirá o aumento de filas e a dificuldade de chegar até os Correios mais próximo”, alertou.

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