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Vacina contra HPV: prevenção ou negligência?

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
13/08/2018 - 11:21
Vacina contra HPV: prevenção ou negligência?
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Vacina contra HPV: prevenção ou negligência?
Sabrina e sua mãe Bruna- FOTO/ BRUNA MELLO

A estudante Sabrina, de 15 anos, viu sua vida mudar da noite para o dia. Em 2014, três dias após tomar a primeira dose da vacina contra HPV, a jovem começou a ter dores de cabeça intensas, desmaios e sangramento nasal. A situação se agravou seis meses depois, quando ela começou a ter convulsões.

“Era dia após dia sentindo dores. Ligavam da escola constantemente e tínhamos que buscá-la toda ensanguentada. Mas, até então não conseguíamos assimilar que tinha sido da vacina. A gente começou a associar depois de seis meses, quando a Sabrina começou a convulsionar por causa da vacina. Ela tinha crises, levávamos para o hospital, fazia exame e não dava nada, nenhuma alteração”, contou a mãe da jovem, a autônoma Bruna Melo.

Os exames da estudante começaram a dar alterações em dezembro do ano passado. Porém, desde que tomou a vacina sua vida se resume a dores, remédios e leitos de hospital.

Sabrina já foi internada mais de 20 vezes, segundo a mãe, que viajou recentemente com a filha para o Paraná em busca de tratamento. Os gastos em busca de respostas já ultrapassam R$ 50 mil.

“Diagnóstico? Ela não tem diagnóstico. Fica um ponto de interrogação no diagnóstico dela. Voltamos do Paraná há um mês. Lá, fizemos um exame chamado encefalograma que deu alteração no cérebro.”

Ao voltar de viagem, Sabrina teve uma forte crise de convulsão seguida de uma parada cardíaca e, mais uma vez, foi encaminhada para o hospital onde está internada há mais de 15 dias.

“A minha vida praticamente parou depois que eu tomei a vacina. Eu vivo num corpo de uma pessoa mais velha, tomando remédios. Vivo mais internada do que… não sei nem dizer. Estou perdendo o ano na escola. Mal chego na escola e começo a passar mal, chamam a minha mãe e eu já vou para o pronto-socorro”, relatou a jovem.

O caso de Sabrina é apenas um entre as 17 meninas que sofrem com reações após terem tomado a vacina HPV, no Acre. O problema veio à tona depois que a comerciante Leila Grarciene decidiu reunir as mães que passam pela mesma situação para denunciar o caso. Sua filha Vitória, de 15 anos, também adoeceu depois de se vacinar, em 2014.

Segundo Leila, a jovem tem dores de cabeça crônica, desmaios, convulsões até 15 vezes por dia, dores nos ossos e nas articulações, taquicardia, sangramento nasal, anemia, vômitos, e já chegou a paradas cardíacas.

Emocionada, a comerciante conta que busca por respostas e apoio do Governo. Atualmente sua filha está no Paraná fazendo exames e tratamentos que ajudem a aliviar as dores.

“Eu quero saber se existe algum exame específico que detecta o fragmento da vacina nas crianças. Quero saber qual o remédio que vamos dar para curar nossas filhas. Eu quero que eles devolvam os sonhos dessas meninas. Eu fico me perguntando por que os governantes ainda não retiraram o apoio dessa perigosa vacina contra HPV. Por que ainda não tiraram se no mundo inteiro essa vacina está causando danos gravíssimos? Como a doutora disse, elas vão definhar e chegar à morte. Isso não é justo da gente ouvir”.

Audiência pública

O vereador Roberto Duarte (PMDB/AC) denunciou o caso na semana passada durante sessão na Câmara Municipal de Rio Branco. A bancada decidiu, por unanimidade, realizar uma audiência pública nesta segunda-feira, 9, para debater o assunto. Representantes de órgãos como Defensoria Pública Estadual, Ministério Público Estadual e Federal, Secretaria de Estado de Saúde, entre outros, devem participar do encontro.

Após a denúncia, o Ministério da Saúde foi acionado para investigar os casos e uma equipe foi enviada para analisar a denúncia. Porém, o MS deve se manifestar somente após a conclusão do laudo final, de acordo com a assessoria de comunicação.

“A vacina contra HPV é comprovadamente eficaz”, afirma especialista

Vacina contra HPV: prevenção ou negligência?
Júlio Eduardo

Diante da polêmica sobre o tema, o Jornal A GAZETA conversou com o obstetra e ginecologista Júlio Eduardo, conhecido como Dr. Julinho, sobre a importância e riscos da vacina.

Há cinco anos, o médico se dedica a estudos sobre o assunto, que é tema da sua tese de mestrado, intitulada “Conhecimento e Aceitabilidade da Vacina para HPV entre Profissionais de Saúde na Amazônia Ocidental”.

Mas o que é o HPV? O vírus é responsável por 99% dos casos de câncer de colo de útero, o terceiro mais frequente em ter as mulheres no Brasil, o quarto que mais mata – e um dos poucos que pode ser prevenido com vacina. São mais de 100 tipos de vírus, dos quais 13 são considerados de alto risco, podendo causar, além de tumores cervicais, câncer de ânus, vulva, vagina e de pênis.

De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus está presente em mais da metade da população brasileira sexualmente ativa. Desde 2014, o Sistema Público de Saúde (SUS) realiza campanhas de vacinação nas escolas para atingir o público-alvo que é meninas e meninos de 9 a 13 anos.

“É comprovado que a resposta da vacina é melhor na pessoa que não iniciou a atividade sexual. Poderíamos vacinar a população inteira, mas a melhor resposta é antes da exposição ao vírus, que acontece no ato sexual”, explica Julinho.

Quanto às contraindicações, o especialista afirma apenas pessoas alérgicas a algum componente da vacina podem sentir reações. “Isso é uma possibilidade teórica porque ninguém nunca achou, mas pode acontecer na teoria”.

Sobre os efeitos colaterais causados pela vacina, Julinho explica que reações como febre baixa e mal estar podem acontecer durante as 48 horas após a vacina. “Mas isso é leve e transitório. Como qualquer vacina, o sistema imunológico pode, no dia seguinte, ter algum tipo de reação que pode se assemelhar com uma virose”.

Ainda segundo o médico, casos como os que estão acontecendo no Acre já ocorreram em estados como São Paulo e Rio Grande do Sul. Porém, após investigação foi constatado que não havia relação com a vacina do HPV.

“No município de Praia Grande (SP) tiveram quadros de distúrbios neurológicos, que se pensou no primeiro momento que poderia ser a vacina. A secretaria de Estado nomeou uma equipe para investigação dessas meninas e foi comprovado que não havia nenhuma relação com a vacina. O interessante é que geralmente são pessoas que tem vínculos entre si. Não existe, até hoje, nenhuma reação desse tipo de dano neurológico ou qualquer outro dano maior do que um mal estar durante dois dias. A vacina contra HPV é comprovadamente eficaz”, garante.

Mesmo tendo sua eficácia comprovada, a taxa de cobertura vacinal em todo o país não chega a 50%. No ano passado, esse percentual chegou a 48,7%. Assim, surge o questionamento: por que a vacinação de adolescentes contra o vírus HPV não avança no Brasil?

A resposta é fruto da pesquisa do especialista que analisou três públicos: profissionais de saúde, adolescentes e pais de adolescentes. O problema, segundo o levantamento, está na aceitação dos pais que, muitas vezes por falta de informação ou crenças religiosas, evitam imunizar os filhos.

“Os pais de adolescentes têm algumas restrições, principalmente se existe uma crença religiosa mais ortodoxa. E pelo temor de que vacinar a criança ou adolescente poderia levá-lo a uma prática sexual mais precoce, que é uma coisa que não se confirma. Entre os adolescentes a aceitação é boa, mas são adolescentes e se não tiver nenhuma lei que obrigue a vacinação é preciso o consentimento dos pais.”

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Para Julinho, a falta de políticas públicas voltadas para campanhas de vacinação impedem o avanço da imunização no país. Ele usa o exemplo da Austrália que reduziu a prevalência do HPV na população para cerca de 1%.

“Os países que têm alta cobertura vacinal conseguiram isso através de normas ou leis que condicionam a matrícula da população em alguma escola à vacinação. Só pode matricular se tiver com a carteira de vacinação em dia, e a vacina para o HPV era uma delas. A Austrália é um exemplo a ser seguido pelo mundo”, conclui.

Vacina contra HPV: prevenção ou negligência?

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