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Operação Xeque-Mate desarticula grupo com mais de 20 líderes de facção

Foto /Arquivo pessoal

Uma ação da Polícia Civil do Acre e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco) resultou na prisão de cerca de 25 líderes de uma organização criminosa. As prisões da operação Xeque-Mate foram no Acre, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte.

Foram cumpridos 25 mandados de prisão e quatro de busca e apreensão nos três estados. Na manhã de sexta-feira, 24, membros do Ministério Público do Acre (MP-AC) e da Polícia Civil explicaram, durante uma coletiva, que foi identificado uma espécie de tabuleiro, que reunia os mandantes dos crimes nesses estados e repassavam as ordens.

No Acre, a polícia cumpriu os mandados no complexo prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), e também nos presídios de Tarauacá e Senador Guiomard, no interior do estado – quando 22 presos foram identificados. Outra prisão foi no Rio Grande do Norte e duas no Mato Grosso do Sul.

“Conseguimos identificar a existência desse tabuleiro da sintonia geral do estado do Acre. Foi focada em uma organização que teve origem no Sudeste, mas se espalhou para todo território nacional. A partir da análise de documentos apreendidos nos presídios do Acre conseguimos identificar a existência de uma célula dessa organização. A operação visou os líderes desse tabuleiro e conseguimos identificar não só essa célula, mas integrantes que tinham o poder de decisão para toda região Norte e outros países da América Latina”, explicou o promotor de Justiça Bernardo Albano.

Ainda segundo as investigações, algumas das ordens de crimes partiam de líderes presos nos estados do Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte. O MP-AC disse também que os líderes tinham código penal com punições para os integrantes.

“Todas as decisões relacionadas a execuções e crimes de rua passavam por essa célula. A identificação da liderança foi fundamental para que se descobrisse diversos crimes e também criminosos. Destaco também o apoio dos Gaeccos dos demais estados que cumpriram os mandados nos estados. Foram encontrados elementos que podem identificar crimes em outros 20 estados da federação e dois países da América Latina”, complementou.

O promotor Danilo Lovisaro ressaltou que foram apreendidos documentos e celulares nos presídios que ajudaram a desmantelar o grupo e chegar aos envolvidos em outros estados. Ele explica que os bloqueadores de celular dos presídios em Rio Branco fez com que as ordens para o crime no Acre partissem de outros estados.

“Essa operação atacou essa liderança que está deslocada em outros estados. Foi feito um trabalho de análise que durou seis meses, culminou na identificação de 25 líderes da facção com desdobramentos em outros estados”, afirmou.

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