Na Semana Nacional de Trânsito, dados da Seguradora Líder revelam que, nos últimos dois anos, ocorreram mais de 560 mil acidentes no país. De acordo com esse levantamento, nos últimos dois anos, o estado do Acre registrou mais de 1,5 mil acidentes de trânsito indenizados pelo Seguro DPVAT.
Em 2017, foram 483 ocorrências registradas no Acre, 31 delas resultaram em morte e 444 em invalidez. Até o próximo dia 25, a Semana Nacional de Trânsito levanta o debate sobre a importância da segurança nas ruas e da conscientização da população de suas responsabilidades, seja motorista ou pedestre.
De acordo com o levantamento, os jovens de 18 a 34 anos, faixa etária economicamente ativa, são as maiores vítimas do trânsito brasileiro, representando 49% das ocorrências.
O boletim reúne números de acidentes ocorridos no período e já indenizados pelo Seguro DPVAT. Apenas em 2017, foram mais de 245 mil acidentes registrados no país. Na maior parte dos casos (68%), as vítimas ficaram com algum tipo de sequela permanente.
Entre os acidentes fatais, chama a atenção também o elevado número de vítimas pedestres: 22% dos casos. Já em relação ao tipo de veículo, seguindo a mesma tendência dos anos anteriores, a motocicleta foi a responsável pela maior parte das ocorrências, 76%, apesar de representar apenas 27% da frota nacional.
As regiões Nordeste e Sudeste lideram o ranking dos acidentes. Entre as capitais, São Paulo, Fortaleza, Goiânia e Rio de Janeiro são as cidades que mais registraram ocorrências e apresentam o trânsito mais violento no país.
Segundo 63% dos brasileiros, a maioria dos motociclistas não respeita as regras de trânsito e está sempre em alta velocidade. Outros 55% disseram que os pedestres não prestam atenção nos semáforos na hora de atravessar as ruas e não usam as faixas de pedestre.
Considerando a realidade da violência nas vias brasileiras, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu como meta a redução, pela metade, do índice de mortes por grupos de habitantes e o índice de mortos no trânsito por grupos de veículos, nos próximos dez anos. Isso significa diminuir a proporção de vítimas fatais em relação à população e ao número de veículos de cada localidade. A meta integra o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) criado em janeiro deste ano.