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De volta às atividades, Hárpia 01 deverá ajudar no combate às queimadas

Foto /CEDIDA

Após período parado em decorrência da troca completa das pás do rotor principal, além de uma manutenção de rotina após 600 horas, o helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) da Segurança Pública Harpia 01 está de volta aos ares acreanos. Nesta sexta-feira, 14, o Hárpia 01 deu seu primeiro sobrevoo após o retorno.

De acordo com o subcoordenador do Ciopaer, Nayck Trindade, a aeronave deverá ser usada, nos próximos dias, nas ações de combate às queimadas e preservação ambiental dentro da operação 7 de Setembro. Outra importante função para o helicóptero será reforçar as ações policiais no Acre.

Causado por desgaste decorrente de pousos e decolagens em áreas restritas (com areia e pedriscos), as pás do Hárpia 01 precisaram ser trocadas. O subcoordenador do Ciopaer explica que, devido à ausência de empresas do setor no Acre e em estados vizinhos, foi necessário transportar os equipamentos em caminhão fretado até Minas Gerais. A burocracia dos procedimentos legais para tal serviço, bem como a greve dos caminhoneiros, atrasaram a demanda.

“Mas, durante este período em que a aeronave estava baixada, estivemos realizando treinamentos, além da participação todas as noites nas operações Visibilidade, que tem como foco a presença policial nas ruas e assim inibir a criminalidade. Agora, seguiremos colaborando mais ainda com nossas atividades aéreas”, completou Nayck Trindade.

Mais de 2.400 horas de voo

Seja no patrulhamento policial ou na prestação de socorro e resgate aéreo, além do apoio às ações de defesa civil e ambiental, a tripulação do Hárpia 01 está sempre à disposição.

Em 11 de setembro de 2009, o Centro Integrado de Operações Aéreas da Segurança Pública foi criado pelo Governo do Estado por meio do decreto estadual nº 4.564. Desde então, foram 2.463 horas de voo, entre patrulhamentos e ações de defesa civil, proteção ambiental e saúde. Só chamados de resgates e buscas a pessoas, por exemplo, foram 300 voos.

Mecânico a caminho

Durante 4 anos, o sargento da Polícia Militar Raiele Barbosa estudou para se tornar o primeiro mecânico das forças de Segurança Pública do Acre. Composta por 4 cursos divididos em módulos que vão desde os motores, estruturas à parte eletrônica das aeronaves, a formação é complexa e exige muita dedicação.

“Comecei por conta própria e decidi investir nisso. Depois recebi o apoio do Estado. Concluí em maio deste ano todas essas formações. Após 4 anos de estudos, fiz a prova e me credenciei junto à Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] e agora tenho a licença completa. Além da satisfação pessoal de realizar um sonho, é um privilégio poder contribuir com essa área tão importante para o serviço público”, explicou Barbosa.

A cada sete dias ou dez horas de voo, é necessário que a aeronave passe por uma inspeção assinada por um mecânico. Manutenções de 100 horas de vôo poderão ser feitas por esse profissional.

A ausência na Região Norte de empresas especializadas do ramo aeronáutico, mais especificamente para helicópteros, e a burocracia da administração pública, são duas das maiores dificuldades sempre quando é necessária uma manutenção no Hárpia 01.

Agora, com a possibilidade de ter um mecânico à disposição do Centro Integrado de Operações Aéreas, o Estado pode economizar com o custeio e a manutenção do helicóptero, o que acarreta em mais segurança para os vôos e menos tempo com a aeronave baixada.

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