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A fórmula do voto

Hoje é dia ir às urnas, de novo. Segundo turno das eleições. Chegou a hora de bater o martelo de vez sobre o futuro presidente da República. Escolher, no meio de dois extremos totalmente opostos, a política que vai reinar no país pelos próximos quatro anos (Amém!). Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT)? Direita ou esquerda?

Apesar dos vários candidatos na disputa durante o primeiro turno, todo mundo se cansou de dizer que essa foi a pior eleição, em termos de opções de voto. Agora são apenas dois. É A ou B. Não tem mais C, D, E e demais letras do alfabeto. Isso pode deixar alguns aflitos, indecisos, talvez até desacreditados ao ponto de nem sequer cogitarem em ir votar.

Outros estão tão insatisfeitos com os dois nomes, os dois polos, os dois extremos, que acham melhor pagar a multa de R$ 3,51 junto à Justiça Eleitoral para quem não for votar amanhã.

Bom, não posso mudar a cabeça ou a vontade de ninguém. Mas posso compartilhar a minha fórmula de como superei esse dilema para escolher quais números apertar na urna amanhã. Voto é, conforme nossa Constituição Federal, universal, periódico, direto e SECRETO. Por isso, não vou dizer em quem vou votar. Nas linhas a seguir descrevo apenas o caminho que tomei para chegar até a escolha do meu candidato, ou, como muitos dizem, o menos pior deles.

 “Vote com a sua consciência tranquila e com o seu coração aberto”

Bom, é fato de conhecimento público, amplo e notório, que esta foi a eleição das Fake News. Praticamente todos os debates que tive o prazer – e desprazer – de participar eram pautados em coisas que se viu no Face, no Twitter, Instagram e no Whats. Nem todos são fatos, e sim invenções do nosso povo brasileiro nota 10 em criatividade. Por isso, se você quiser escolher bem o seu candidato, sem ter sido tapeado pelas fakes, faço isso longe das redes sociais.

Segundo passo é acessar o plano de governo dos dois candidatos. Isso é bem fácil. Faça essa pesquisa Google. Vários resultados te levarão a este documento com as principais propostas deles. Analise o que você acha que será melhor para o nosso Brasil. Ah, e vale lembrar que é para procurar os planos na íntegra. Não confie muito em matérias sobre eles (o risco: edições).

Terceiro e último passo, assista vídeos com entrevistas (recentes, preferencialmente) aos quais os candidatos exponham as suas opiniões, ideologias e propostas para aquelas áreas que você achar que atendam aos maiores problemas do nosso país na atualidade. Os obstáculos, as grandes mazelas do nosso Brasil todo mundo sabe. Portanto, vá em cima delas, e não se iluda com discursos políticos baratos. Não confie em vídeos cortados, editados e nem muito curtos.

Tem um candidato bom, com uma política mais acertada para o Brasil? Não. Trata-se apenas de uma escolha. E amanhã você terá que fazer a sua. Vote com a sua consciência tranquila e com o seu coração aberto.

 Tiago Martinello é jornalista
E-mail: sdmartinello@gmail.com

Fabiano Azevedo: