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O não é bem-vindo

11 Formas de dizer “não” à criança para que ela entenda;

4 maneiras infalíveis de dizer “não” a seu filho de 1 a 3 anos;

A importância de dizer “não” ao bebê;

Birra: a hora de dizer “não” para a criança.

Os títulos são de matérias publicadas esse mês em veículos de comunicação voltados para mães e pais. Quando se trata de não estamos mais preocupados em ensinar a ouvir do que ensinar a falar.

Não. Não é a toa que muitos de nós tenham, quando adultos, uma dificuldade gigante para articular as três letras (tão simples e, por isso mesmo, tão definitivas). Não é a toa que nos vemos constantemente enredados em situações complexas diante da incapacidade de negar. Uma negativa que não vem, que se esquiva, que se envergonha, que se culpa.

Não. É tempo de permitir, de incentivar, de apresentar ferramentas e, porque não, de suportar o desacordo.

Não. O não que desejo para minhas crianças (e para as suas também) está longe de ser o da birra, o da preguiça, o da renúncia à educação, o da falta de olhar para o outro. Trata-se da recusa que desenha e comunica limite, que leva em contaoseu querer e as suas ideias, tanto quanto as dos outros. Um não de auto respeito.

Não. Obediência cega não é (e nunca foi) o melhor caminho. Que sejam pessoas boas e não boazinhas. Não, não e não.

* Roberta D’Albuquerque é psicanalista.
E-mail: robertadalbuquerque@gmail.com

Fabiano Azevedo: