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Após 4 meses de investigação, polícia prende mais de 70 pessoas no Acre

A Polícia Civil do Acre deflagrou nesta segunda-feira, 1º, a Operação Mimetismo, que investiga há quatro meses membros de facções criminosas em Rio Branco e no interior do estado. Ao todo, a polícia prendeu 71 pessoas e cumpriu 22 mandados de busca e apreensão.

A ação ocorreu em Feijó, Tarauacá, Rio Branco, Mâncio Lima, Jordão, Cruzeiro do Sul, Senador Guiomard, Xapuri, Brasileia, Sena Madureira, Jordão, Plácido de Castro e Bujari. Além disso, uma pessoa foi presa em Mato Grosso do Sul durante a operação.

Segundo o delegado Pedro Resende, as investigações começaram após o caso de uma ex-integrante de facção criminosa trair o marido, que também era membro, e ser ameaçada de morte.

“Um conselho de facções determinou a morte dessa mulher em Tarauacá e a Polícia Civil conseguiu chegar ao cativeiro no momento em que ela seria executada e salvá-la. Desde então, começou a ação para identificar os membros dessa facção.”

Ao longo das investigações, a polícia descobriu que as facções estavam cooptando jovens, adolescentes e até crianças para se infiltrarem nas cidades e cometerem crimes como furtos, roubos, tráficos e homicídios.

“Cada vez mais as lideranças determinam que os adolescentes sejam cooptados para o crime. Essa é a razão do nome da operação, pois eles usam essa forma para se integrar ao ambiente e se esconderem nos locais de crime”, explica o delegado.

A investigação foi feita pelo Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIPC) e Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco). Além do Acre, a operação tinha um alvo em Campo Grande.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Vanderlei Thomas, a operação está em andamento e novas prisões devem ser feitas.

Sobre o combate à criminalidade no período eleitoral, o secretário afirma que a polícia está cumprindo determinações do Tribunal Regional Eleitoral, com apoio da Polícia Federal. “Vamos atuar de forma coesa durante o pleito. O objetivo é garantir a tranquilidade e lisura do pleito”.

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