Com febre e manchas vermelhas pelo corpo, uma criança de um ano de idade, natural de Tarauacá, morreu no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, após duas semanas internada, para onde foi encaminhada após seu quadro clínico se agravar. A família mora no bairro da Praia, local onde são registrados inúmeros casos de dengue e febre chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A morte da criança está sendo investigada pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre). Nesta terça-feira, 9, o órgão se pronunciou por meio de nota assinada pela gerente do Departamento de Vigilância e Saúde Ambiental do Controle de Endemias, Marília Carvalho.
O órgão informou que ainda não há confirmação de que ela tenha morrido vítima dos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. A Saúde destacou ainda que os testes rápidos realizados na criança deram negativo para a presença do vírus.
Ainda assim, os exames sorológicos, que vão apontar as causas da morte, foram encaminhados para o Laboratório Central (Lacen) e devem ficar prontos no prazo de dez dias.
O órgão destacou que somente após a análise laboratorial vai ser possível ter uma definição das causas da morte da criança.
A Secretária Municipal de Saúde de Tarauacá, Merivânia Daniel, disse que vai fazer nova intervenção para o combate ao mosquito. “Nosso primeiro passo é fazer novamente o bloqueio na comunidade. Já estamos mobilizando todos para intensificarmos a orientação. Hoje deve se confirmar a parceria com governo estadual para que possamos dar início às sorologias. Estávamos aguardando a conclusão do pregão para comprar os tubos“, afirmou.
Para evitar casos como esse em Rio Branco, a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Socorro Martins, afirmou que as equipes estão nas ruas visitando as residências e orientando a população. Segundo ela, a preocupação é que os números aumentam no período das chuvas.
“A gente tem que chamar a atenção da população, intensificar algumas ações para não ter uma nova epidemia nesse inverno”, alertou.
Até o último levantamento da Secretaria de Saúde de Rio Branco (Semsa), os casos notificados aumentaram, assim como os casos confirmados também.
A população deve manter os quintais limpos, não deixar objetos que acumulam água jogados, entre outros cuidados que podem evitar a proliferação do mosquito.
“Nosso agente passa uma vez e vai passar depois de três meses de novo. O trabalho do dia a dia é na residência. A dengue é um agravo que depende, em 80%, da população porque o criadouro está dentro do quintal, não está nas ruas, em córregos, é dentro das casas. Mosquito não gosta de local que pegue sol. Então, está na caixa d’água que fica na sombra”, complementou a gestora.