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Menores envolvidos em morte de jovem decapitada vão cumprir medida socioeducativa por tempo indeterminado

Os três adolescentes envolvidos na morte da jovem Débora Bessa, 19 anos, encontrada morta e esquartejada em 13 de janeiro, devem cumprir medida socioeducativa por tempo indeterminado. O Juízo da 1ª Vara de Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco determinou a internação na última segunda-feira, 1º, conforme informou o Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC).

O juiz determinou que sejam encaminhados à justiça relatórios semestrais de acompanhamento da internação dos menores envolvidos em ato infracional análogo ao crime de homicídio.

Em junho deste ano, André de Souza Martins, 28 anos, e Luciele Souza do Nascimento, de 18 anos, que são acusados de esquartejar e filmar a morte de Débora, foram ouvidos em uma audiência de instrução na 1ª Vara do Júri.

Conforme a Justiça, Luciele deu um longo depoimento e negou envolvimento no crime. Já André Martins ficou calado durante o interrogatório.

Crime – Débora desapareceu no dia 9 de janeiro e foi encontrada pela família no dia 13 de janeiro deste ano em uma região de mata no bairro Caladinho, em Rio Branco.

A irmã da vítima, a secretária Sarah Freitas Bessa, de 21 anos, e outros parentes faziam buscas por conta própria e acabaram encontrando o corpo da jovem.

Martins foi preso em 29 de janeiro na Estrada de Porto Acre. Ele afirmou que matou a jovem por vingança e chegou a pedir perdão à sociedade.

O homem afirmou que Débora foi morta porque tinha envolvimento no assassinato do irmão dele, em 2013, e não por ordem de facção.

Um adolescente de 17 anos se entregou à polícia após uma ordem do pai e confessou ter participação na morte da jovem. Ele seria a pessoa que aparece esfaqueando a vítima enquanto Martins a decepa no vídeo que viralizou no WhatsApp.

Como a vítima foi atraída – No dia em que foi apresentado pela Polícia Civil, Martins explicou que soube que Débora tinha se desligado de uma facção rival e a encontrou em um grupo de WhatsApp.

Para atrair a jovem, o suspeito a chamou em uma conversa privada e perguntou se ela precisava de algo. Débora disse que queria drogas e uma arma, então, Martins a convidou para buscar a droga na casa dele, no bairro Caladinho.

A versão do acusado contraria a da irmã de Débora, que garantiu que a jovem ia visitar o filho no dia do crime.

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