Em função das quase 500 notificações de dengue, o prefeito de Feijó decretou situação de emergência. O perigo das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti deixam autoridades por todo o Acre preocupadas. Dados apontam que mais de 90% dos focos do mosquito são encontrados nos domicílios. Por isso, a colaboração da sociedade em geral é fundamental para se evitar novos surtos e epidemias das doenças.
Em Rio Branco, a prefeita Socorro Neri antecipou o lançamento da Ação de Combate ao Aedes aegypti. “O poder público faz sua parte e cabe também à população auxiliar no combate. Vamos limpar os bairros e as equipes de saúde vão de casa em casa. Mas é preciso que a população se mobilize para evitar que membros de suas famílias sejam acometidos pela dengue, zika e febre chikungunya”, comentou ela, na ocasião.
Vale ressaltar que denúncias podem ser feitas através dos telefones 3227-3165 ou 0800-6471516. Em Feijó, o secretário Municipal de Saúde, Eronildo Oliveira, destaca que três mortes estão sob investigação com suspeita de terem sido causadas pela dengue.
O decreto tem validade por 90 dias. “Vamos intensificar os mutirões de limpeza. Solicitamos apoio da vigilância do Estado, que está presente aqui no município. Intensificar as ações de bloqueio com o uso de inseticidas e pedir a participação da população nessa luta”, concluiu o secretário.
O Acre tem confirmados 2.220 casos de dengue, de janeiro até a primeira quinzena de outubro de 2018. Em 2017, no mesmo período, foram confirmadas 1.093 ocorrências.
Os municípios que registraram maior número de casos foram Cruzeiro do Sul, com 917; Rio Branco, com 666 casos; e Feijó, com 160. Quatro municípios do estado não têm casos de dengue confirmados: Sena Madureira, Jordão, Marechal Thaumaturgo e Assis Brasil.
A população pode evitar a proliferação do mosquito tomando algumas medidas, como: encher de areia ou terra os pratos que possam armazenar água, manter bem tampados baldes, tonéis, piscinas e caixas d’água e guardar pneus ao abrigo da chuva e da água.