Por meio da Comissão de Gestão de Riscos Ambientais, o governo do Estado realiza o monitoramento da situação climática no estado com objetivo de reduzir os impactos dos fenômenos naturais à população, com esse fim executa o plano de contingência nas 22 cidades acreanas. De acordo com levantamento do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), com a presença de chuvas sobre a região, o índice de focos de calor apresentou redução, comparado ao mesmo período nos anos anteriores.
A redução se deu devido ao volume de chuvas atípicas no mês de agosto. A quantidade esperada para todo o mês era de 38,0 milímetros, no entanto, as intensas chuvas acumularam 145,20 mm em apenas trinta e um dias. Com maior quantidade de água sobre o solo o risco de fogo se tornou pouco provável, no entanto, de acordo com o monitoramento feito por satélites do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), alguns focos de calor ainda persistem.
Redução de queimadas – Entre os nove estados que compõem a Amazônia Legal, o Acre ocupa o 7º lugar no ranking com o acumulado de 340 focos de calor neste mês de outubro. De acordo com Vera Reis a cultura do corte e queima ainda é considerada uma das causas para a incidência.
“Atualmente o Acre ocupa a 7ª posição no ranking, mas já esteve em 4º e isso demonstra que as ações intensificadas da força tarefa no combate às queimadas foram bastante produtivas. O produtor tem a cultura da queima na primeira semana de setembro, quando iniciamos uma importante operação de combate a essa prática, além disso com as chuvas que ocorreram no período o solo ficou úmido e com poucas possibilidades de queimadas”, disse a diretora técnica do Instituto de Mudanças Climáticas, Vera Reis.
Os índices decorrem da ação humana, seja de produtores com o objetivo de expansão agropecuária, queima de lixo, que em alguns casos tomam grandes proporções, ou mesmo incêndios criminosos. Em áreas consideradas de conservação ambiental no estado o registro é de 112 focos de calor e nos projetos de assentamentos 85 focos durante este mês de outubro, conforme dados do IMC.
Com ações efetivas os órgãos de combate, controle e preservação do meio ambiente atuam em conjunto e de forma intensificada para coibir a prática de crimes ambientais, sobretudo as queimadas.
Plano de contingência – “Este ano em termo de queimadas Feijó, Sena Madureira e Tarauacá lideram no registro de queimadas, no entanto, Brasileia apresenta alta criticidade devido à extensão territorial, o que ocasiona maior risco de perdas materiais e bens econômicos”, disse.
Com o início do inverno amazônico, há previsão de chuvas com acumulado de até 100 mm na região Leste do estado (Alto Acre) podendo ocorrer até o próximo dia 2 de novembro. Na região Oeste (Alto Juruá) as chuvas ocorrem com maior intensidade e o nível dos rios já permite a atividade de navegação.
Historicamente em anos anteriores considerados críticos em termo de inundação, o centro de pesquisa apontava chuvas dentro da normalidade para o trimestre de outubro a dezembro, no entanto, ocorreram inundações e transbordamentos dos principais rios do estado. Por essa razão as ações de monitoramento de chuvas, vazão e nível dos rios já iniciaram.