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Expectativa de vida cresce no Acre e supera a da Região Norte

 

O Lago do Amor promove saúde e lazer às famílias (Foto – Junior Aguiar ACERVO Secom)

De 2011 para 2018, a expectativa de vida dos acreanos ao nascer passou de 72,11 para 74,56 anos. Entre os estados da Região Norte, o Acre é o que apresenta a maior esperança de vida, aproximando-se, inclusive, da média nacional, que registra 76,25 anos.

Esperança de vida ao nascer expressa o número médio de anos que um recém-nascido esperaria viver se estivesse sujeito a uma lei de mortalidade, conforme dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o secretário de Estado de Saúde, Rui Arruda, de forma positiva, a projeção da expectativa de vida no Estado responde aos investimentos e prioridades do governo em ofertar saúde pública de qualidade, infraestrutura, saneamento básico e outras ações que impactam diretamente na vida da população.

“Se você melhora a qualidade de vida das pessoas, melhora o ambiente, faz um tratamento de esgoto e melhora a qualidade da água, isso tudo evita que as doenças cheguem às famílias. Portanto, o crescimento na expectativa de vida no Acre reflete muito bem essas ações. Nós conseguimos uma redução na mortalidade infantil em Rio Branco de 50% e no estado todo mais de 20%. Um investimento geral, não apenas na saúde, uma vez que o governo tem focado em uma política macro de saúde que envolve outras secretarias”, destaca Arruda.

Galgando ano a ano avanços até na medicina especializada, com hospitais da criança, do idoso, do câncer, maternidades e até da ortopedia, como o Complexo do Instituto Estadual de Neurocirurgias, Traumatologia e Reabilitação, a saúde ganhou a atenção especial que sempre necessitou na gestão pública.

Somente nas últimas semanas, duas grandes estruturas de saúde foram entregues à população, duas etapas do Hospital Regional de Brasileia – uma das maiores unidades de saúde da Amazônia, cujos investimentos ultrapassam 80 milhões de reais –, o Centro Especializado em Reabilitação Padre Paolino Baldassari e o Lago do Amor, em Rio Branco, que além de proporcionar maior qualidade de vida aos acreanos com práticas esportivas e de lazer, será utilizado na reabilitação de pacientes em tratamento.

“A saúde pública não está limitada apenas nas unidades de saúde. A entrega do Lago do Amor é bem representativa nisso. Um ambiente de lazer cercado de instituições de saúde, agregando qualidade de vida e também saúde com a reabilitação de pacientes”, aponta Rui Arruda.

Investimentos em 2017 proporcionaram a renovação da frota do Serviço Móvel de Urgência (Samu) com entrega de novas ambulâncias, ampliação e mais agilidade aos serviços do Programa Saúde da Família, aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), à Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde, nos munícipios de Assis Brasil, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Porto Walter, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Xapuri.

Educação

A educação também não ficou para trás, muito pelo contrário. Dados do Ministério da Educação (MEC), divulgados no início deste mês, colocam o Acre em destaque com seis escolas de ensino fundamental da rede pública com a melhor evolução, ou seja, acima da média no Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) de 2007 a 2017.

O Ideb é o principal indicador de qualidade da educação básica, que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias.

Redução do número de fumantes

Outro ponto positivo é a redução de fumantes no Acre. Fruto de ações de promoção à saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), por meio do Programa de Controle do Tabagismo, Rio Branco registrou uma diminuição de 51,1% na quantidade de fumantes passivos em ambientes domiciliares nos últimos oito anos, conforme apontou a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em agosto do ano passado. No mesmo período, a quantidade de fumantes passivos no pais teve uma redução de 42%.

Em Rio Branco e demais municípios, esse enfrentamento é feito regularmente via Atenção Primária e já são mais de 50 unidades de saúde preparadas para realizar o acolhimento e o acompanhamento dos usuários de tabaco, sendo que 12 delas ficam na capital acreana.

Além disso, a Sesacre, por meio da Divisão de Doenças Crônicas, oferece desde 2005 capacitação voltada aos profissionais de saúde para prevenção do tabagismo, identificação e tratamento do tabagista e qualificação do cuidado. No ano seguinte, em 2006, o programa de controle ao tabagismo com oferta de tratamento foi implantado no estado.

Atenção à população idosa

O Centro Dia para Idosos, coordenado pelo Serviço de Proteção Social Especial da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), assim com a Associação de Arte em Movimento do Idoso de Rio Branco, fazem parte das ações de promoção à qualidade de vida da pessoa idosa no Acre.

Terapia ocupacional, recreação, caminhada, ginástica, fisioterapia, hidroginástica, oficina de artesanatos e reuniões familiares periódicas estão entre os serviços disponíveis ao idoso.

Com objetivo de qualificar a atenção ofertada às pessoas idosas no Sistema Único de Saúde, o Ministério da Saúde criou a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. Um instrumento estratégico proposto para auxiliar no bom manejo da saúde dessa população, sendo usada tanto pelas equipes de saúde quanto pelos idosos, por seus familiares e cuidadores.

Um dos maiores programas sociais

A juventude de hoje talvez não se recorde, mas houve um tempo no Acre em que o simples fato de sair de casa era uma missão árdua, quando não impossível, devido as péssimas condições das ruas poeirentas e enlameadas, resultado da falta de saneamento básico que gerava graves problemas de saúde pública e transtornos à população.

Como um dos maiores programas sociais do governo do Estado, o Ruas do Povo, que nasceu com uma proposta ousada de pavimentar todas as ruas do Acre, trouxe mobilidade urbana, principalmente nas áreas mais pobres, mas acima de tudo, a garantia de qualidade de vida com o fortalecimento da saúde e o auxílio na redução da mortalidade infantil.

Lançado em 2011 pelo governador Tião Viana, médico com doutorado em Medicina Tropical, que desde o início de seu primeiro mandato assumiu o compromisso não só com a pasta da saúde, mas com todos os setores em promoção ao bem-estar dos acreanos, o programa, presente nos 22 municípios, consumiu R$ 1 bilhão de reais.

Atualmente, o governo do Acre está investindo mais de 100 milhões de reais em obras de saneamento nos municípios de difícil acesso, que são Marechal Thaumaturgo, Jordão, Santa Rosa e Porto Walter. (Lane Valle / Agência Acre)

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