Contrariando os rumores de que criaria novos cargos para abrigar os principais comissionados do Governo do Estado, que devem perder o emprego a partir de janeiro de 2019, a prefeita Socorro Neri (PSB) sinalizou que entre suas próximas ações está uma reforma administrativa na Prefeitura de Rio Branco.
O objetivo, de acordo com Neri, é garantir estabilidade a Rio Branco durante o período de crise financeira que o país atravessa. “O orçamento municipal para 2019, ora em análise na Câmara Municipal, é quase semelhante ao de 2015, resultado do contexto econômico ainda retraído que estamos vivendo. Daí a necessidade urgente de otimizarmos recursos e estabelecermos prioridades. Penso que fazer gestão responsável requer coragem para fazer ajustes, quando necessários. E é o caso agora”, destaca.
A prefeita reforça que buscará “reduzir despesas com atividade-meio e focalizar a aplicação dos recursos nas funções precípuas do Município, que são essenciais à manutenção da cidade (coleta e tratamento dos resíduos sólidos, limpeza da cidade, manutenção da malha viária, iluminação pública, mobilidade urbana, manutenção dos mercados e cemitérios, manutenção dos espaços públicos, apoio ao escoamento da produção da agricultura familiar) e às políticas públicas fundamentais (educação, saúde, assistência e inclusão social e produtiva)”, disse.
Um ajuste fiscal também deverá ser efetivado na Capital. “Farei um ajuste fiscal objetivando garantir as condições para que a prefeitura continue atravessando a crise financeira, que afeta a todos os entes públicos brasileiros, sem colocar em risco a manutenção dos serviços essenciais à cidade e os compromissos com servidores e fornecedores”, pontuou.
Eleições 2018 – Neri comentou, ainda, sobre o resultado das eleições no Acre. Na oportunidade, negou que tenha a intenção de deixar o PSB, bem como a Frente Popular. “Não mudarei de partido. Estou muito feliz no PSB. Comungo com as bandeiras do partido e tenho com as nossas lideranças, César Messias e Manoel Moraes, os dirigentes e militantes um relacionamento respeitoso e muito cordial”.
Disse mais: “a condição de prefeita, da capital do Estado me coloca em uma condição de buscar articular uma nova força para a sequência desse projeto mais à esquerda, que nós chamamos até agora de Frente Popular, mas é preciso que esse projeto se reestruture (…) esse formato que veio até agora, se esgotou com essa eleição de 2018. É preciso repensar, redefinir, critérios, programas, interesses comuns, enfim, criar algo que possamos chamar de Frente Popular, ou não. No que depender de mim, me somarei aos que estiverem dispostos a reinventá-la, a partir de convergências sobre as razões pelas quais lutamos para assumir o poder”.