O presidente estadual do Partido Podemos no Acre, Eros Asfury, anunciou a saída da legenda do bloco de apoio à prefeita Socorro Neri (PSB) na Câmara Municipal de Rio Branco, bem como da Frente Popular do Acre (FPA). O anúncio foi feito após tomar ciência de sua exoneração, na manhã de quinta-feira, 8, do cargo de diretor administrativo e financeiro da Fundação Garibaldi Brasil.
“A prefeita de forma truculenta tem demitido nossos parceiros que construíram esse projeto junto e não acho justo a forma como ela vem conduzindo esse processo. No mínimo a gente precisava ser chamado para conversar e colocar a situação na mesa para que a gente possa achar um meio viável para ambas as partes. Mas, infelizmente, nem isso tem sido feito”, disse Asfury.
Contrário a decisão da executiva estadual, o vereador Railson Correia (Podemos) já sinalizou que continuará votando favorável aos projetos encaminhados pela prefeitura. “Isso dele me obrigar não tem nada a ver. Eu não sou infiel, fui eleito pela base, pela Frente Popular, e continuo com a minha coerência. Ele que tem que resolver os problemas dele com a prefeita sem prejudicar o projeto inteiro”, falou.
Em resposta às declarações de Correia, Eros Asfury frisou que o vereador não possui autonomia para decidir. “Se ele achar que pode decidir as coisas da Câmara sozinho, à revelia das decisões da executiva estadual, então que saia e procure outro partido se não estiver disposto a obedecer às diretrizes do partido. Temos lideranças, normas, diretrizes e nos pautamos na fidelidade partidária. Nós temos um projeto político”.
Railson reforça que a decisão em continuar do lado da prefeita não se caracteriza como infidelidade partidária. “Eu fui eleito pelo partido, não mudei. Ele que está mudando sozinho. Seguinte na minha coerência, até porque tenho que votar de acordo com os interesses da população e não dele”, finalizou.