A Câmara Municipal de Rio Branco apreciou na sessão de terça-feira, 13, o projeto de Lei nº 01/2018 que altera a Lei n°332, de autoria do vereador Roberto Duarte (MDB), o qual tornaria obrigatória a volta dos cobradores de ônibus na Capital. Após um acalorado debate entre a situação e oposição, a matéria foi rejeitada por sete votos a seis.
Antes da votação, Duarte usou a tribuna da Casa para pedir o apoio dos colegas de parlamento. Segundo ele, a aprovação da matéria poderia proporcionar a abertura de 300 novas vagas de emprego nas empresas de ônibus para a população de Rio Branco. “Peço a todos os vereadores desta Casa que votem favoráveis à provação desta matéria, tendo em vista sua importância social. Com o retorno dos cobradores, cerca de 350 empregos serão disponibilizados para a população. Se a matéria for rejeitada terei a certeza que os colegas colocam em primeiro lugar seus interesses políticos, deixando o bem estar da população em segundo plano”, disse.
Alegando que a matéria iria gerar ônus ao município, o presidente da Comissão de Transporte da Casa, vereador Railson Correia (Podemos), solicitou ao autor do PL a apresentação de uma planilha de valores. “O mais correto seria o vereador solicitar que a matéria fosse retirada da pauta de votação para que um debate mais detalhado fosse realizado. O colega fala sobre a possibilidade de abertura de mais de 300 vagas de emprego, mas não fala quem iria pagar essa conta. Nos final das contas vai sobrar para a população, pois a tendência, com o retorno dos cobradores, é que a tarifa de ônibus aumente”.
O líder da Prefeitura na Câmara, vereador Eduardo Farias (PCdoB), corroborou o discurso de Railson Correia. “O vereador Duarte não admite, mas isso pode acontecer, sim. Um aumento na passagem de ônibus não está descartado. O retorno dos cobradores pode gerar um impacto muito grande. Lamentável que o parlamentar use um assunto tão sério para fazer politicagem”. Em resposta a Farias, Duarte pontuou que o comunista trabalha em favor dos donos das empresas de ônibus. “Ele defende os interesses dos empresários, por isso vem com essa conversa de que o retorno desses profissionais vai onerar o município, consequentemente, o aumento da tarifa. Isso é uma grande mentira”.
Suspensão do aumento – Os vereadores apreciaram ainda o Decreto Legislativo, também de autoria do vereador Roberto Duarte (MDB), que pretendia suspender os efeitos do reajuste da tarifa do transporte coletivo da Capital aprovado em julho deste ano. Por sete votos a cinco, a matéria foi rejeitada. Duarte ressalta que a suspensão da elevação da tarifa se faz necessária devido à realização da perícia nas planilhas das empresas de transporte público de Rio Branco.
Para o vereador Rodrigo Forneck (PT), a proposta tem cunho populista. “Ele fala sobre a necessidade de se suspender o reajuste, mas não apresenta quais alternativas a prefeitura teria que adotar para evitar um blecaute no transporte coletivo. Já percebi qual é a do vereador, ele quer causar é um grande problema nesta casa. Está tentando implantar o caos. Daí depois ele vem apontar o dedo e dizer que o problema foi gerador pela prefeitura”.