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Uma diva chamada Educação!

Você já ouviu falar que a Educação muda vidas, não é mesmo? Mas você sabe o porquê? Por que ter acesso ao banco de escola, aos livros, a bons profissionais da área, a aprendizagem e troca de experiências é tão importante? Em que momento da nossa vida a Educação que está para além das paredes familiares nos permite sobreviver em um país de desigualdades como o Brasil?

Nós, brasileiros, nascemos, biologicamente, iguais, para além das diferenças genéticas; talvez essa seja a única igualdade que temos permissão para ter nesse país tão díspar, tão cruelmente dessemelhante. À medida que os anos passam e o mundo se apresenta as diferenças vão ficando óbvias e implacáveis: negros e brancos, pobres e ricos, mulheres e homens, homossexuais e heterossexuais são colocados no cardápio com um maniqueísmo sórdido que dita as regras sociais.

Com isso, como diz Diva Guimarães, se “você quer ser respeitado, seja melhor que ele, estude!” Ou seja, é através da Educação sim, do conhecimento, que nosso lugar de fala é respeitado. É por meio daquilo que sabemos, e que ninguém pode nos tirar, que seremos sempre tratados com dignidade, independente do lugar em que estejamos. Para quem não tem vez, a Educação traz; para quem não tem voz, a Educação proporciona sonoridade. A invisibilidade impressa em algumas pessoas é pintada de muita cor por meio da Educação.

Além disso, o conhecimento nos ajuda a sonhar, a querer mais da vida e especialmente, acreditar que é possível haver um mundo novo. Quando os privilegiados também olharem para a Educação como transformação de vida todos seremos pares, todos andaremos juntos porque o conhecimento trará uma leitura que permite enxergar que não há pessoas incapazes, menos importantes ou menos dignas. Quando as minorias virem a Educação como saída, o mundo novo se abrirá rapidamente e cada um ocupará o lugar ao sol que lhe é de direito.

Assim, mesmo com todos os preconceitos existentes, é possível mudar o mundo com Educação e coragem. Transgrida, rebele-se, fuja às regras, infrinja porque é preciso fazer a verdadeira abolição e imprimi-la na sociedade no lugar da fajuta 13 de maio de 1888. Saia do lugar que os outros te dão e seja o dono da sua própria revolução porque um dia diremos todos que a Educação mudou este país.

Nayra Claudinne Guedes Menezes Colombo é professora, servidora pública, mestre em Letras.
E-mail: nayracolombo@hotmail.com

Fabiano Azevedo: