O governador eleito Gladson Cameli (PP), – acompanhado da bancada federal de sustentação do seu futuro mandato, deputados estaduais e dirigentes partidários -, recebeu na tarde de ontem, 22, um relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) relatando a real situação financeira do Estado. O encontro aconteceu no plenário do TCE.
De acordo com o presidente do TCE, conselheiro Valmir Ribeiro, além de apresentar um panorama das finanças públicas do Estado, “o encontro teve também o objetivo de possibilitar o nivelamento de informações conjunturais do Estado, a fim de promover a transparência das finanças públicas e fomentar o debate acerca dos principais desafios à promoção de um modelo de gestão eficiente”.
Com o relatório em mãos, Gladson Cameli confirmou a realização de uma reforma administrativa no âmbito estadual. Segundo ele, a medida é necessária, tendo em vista que a situação econômica do Acre encontra-se em um momento delicado.
“Essa reforma se faz necessária para que o Estado funcione para que se cumpra compromissos com servidores e fornecedores. Veja bem, se pararmos para contar o número de secretárias, somadas a instituições e autarquias no Acre dá mais de 68. Impossível trabalhar com esse número. Pretendo reduzir, sim, esse número para apenas 14. O momento é de cortes e contenções de gastos”, falou.
Gladson agradeceu, ainda, a participação do TCE no processo de transição de governo. “O TCE tem dado uma grande contribuição nesse processo, não apenas ao Governo do Estado, mas toda a população. Esse relatório elaborado pelo Tribunal será o ponto de partido”, disse ao reiterar que seu governo será pautado no diálogo.
“Mais uma vez afirmo que o nosso governo será de diálogo, de conversas. Não vamos olhar pelo retrovisor. Temos um trabalho grande pela frente e vamos nos focar nisso. Iremos buscar formas de tornar o Estado economicamente mais viável. Sabemos das dificuldades que enfrentaremos, mas acredito que com a união, somado ao esforço de toda a equipe, colheremos resultados satisfatórios”, disse.
Saúde e Segurança Pública
Ao ser questionado sobre o trabalho a serem desenvolvidos nas áreas de Saúde e Segurança Pública, considerados os gargalos da atua gestão, o progressista ponderou que terá uma atenção especial a fim de contornar o possível caos a que chegou. Disse, ainda, que se os resultados não forem satisfatórios fará reajustes na equipe.
“Como governador eleito não posso admitir que a Saúde chegasse ao ponto que chegou. Quero dar uma resposta à sociedade, não só na Saúde, mas também na Educação e Segurança. Essas pastas serão prioridades em nosso governo. Que fique claro que a caneta que irá nomear os secretários será a mesma que vai exonerar também, pois eu irei dar autonomia e cobrar de cada um, para que eles respondam à altura de suas pastas”, ressaltou.
O senador disse que, se por ventura o atual governo atrasar o 13° salário dos servidores públicos, ele assumirá o compromisso a partir de janeiro. “Se ocorrer, pois essa crise não é só no Acre, vamos negociar com os sindicatos e resolver a situação dos servidores”, enfatizou.
Ao final, Gladson agradeceu o governador do Estado pela cordialidade ao longo da transição de governo. “O governador Tião Viana tem sido democrata durante todo esse processo de transição do governo. Tem se mostrado receptivo desde o primeiro dia, portanto, faço questão de frisar e agradecer essa postura”.