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Confiança retorna ao empresariado, que crê em aquecimento da economia durante Natal

Devido à proximidade do mês mais lucrativo para o comércio de todo o país, a expectativa também é grande sobre qual será o comportamento do consumidor que ainda sente os efeitos da crise econômica, mas que estará com o 13° salário no bolso.

De acordo com o assessor da presidência da Fecomércio/AC para assuntos econômicos, Alex Barros, é quase nula a possibilidade de atraso no pagamento do extra que todo servidor público aguarda com ansiedade.

“O governo mostra que está tomando todas as medidas para não atrasar nem salário nem o 13° salário. Está enxugando a máquina. Crédito vai ter para pagar os servidores”, apontou Alex.

O presidente da Associação Comercial, Industrial de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), Celestino Bento de Oliveira, também acredita que não haverá atrasos. E ressaltou que a expectativa para o final de ano, período de maior movimentação no comércio, é a melhor possível.

“Percebemos que os empresários estão retomando a confiança e isso reflete diretamente no aquecimento da economia”, destacou o presidente.

De acordo com ele, o comércio espera um aumento de 5% a 7% em relação ao mesmo período do ano passado. “Pode parecer pouco, mas é um crescimento real diante da maior crise econômica da história do país. O mercado está confiante”, garantiu Celestino.

Sobre crescimento, Alex estima algo em torno de 2%. “O Acre e um dos estados da federação que estão adimplentes, ou seja, não atrasaram e não parcelaram os salários dos servidores”.

Além disso, vale ressaltar que, por conta da crise econômica, o final de ano em 2016 foi no vermelho. Já em 2017 apresentou um tímido crescimento. E, ao longo deste ano, teve apenas dois meses considerados ruins.

Situação em outros estados

Em outros estados o 13° salário do ano passado sequer foi pago, como é o caso do Rio Grande do Sul. Pelo terceiro ano consecutivo, ao menos 1,5 milhão de servidores estaduais de várias unidades da federação correm o risco de não receber o salário extra até o fim do ano.

Os governos de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte ainda não têm dinheiro em caixa para o pagamento dos funcionários, embora afirmem estar tentando arrumar verbas para cumprir o compromisso.

Governo garante pagamento do servidor público e 13° salário

Na tentativa de garantir o pagamento do salário e do 13° aos servidores estaduais, o governo está tomando medidas drásticas, como exonerações antes do encerramento da gestão e cancelamento de contratos para reduzir o sufoco da máquina.

A chefe da Casa Civil, Márcia Regina, confirmou que o governo trabalha para cumprir o calendário e espera que nada aconteça além do que está programado.

“Estamos seguindo o cronograma de pagamento. É claro que a gente vê e sabe que o Brasil anda com muita dificuldade. Temos muitos Estados que informaram que já atrasam pagamentos, e outros que não fecham as contas. O que nós esperamos é que nada aconteça além do que está programado, porque nós estamos trabalhando para cumprir o calendário”.

Isso justifica as centenas de exonerações, corte de lanches, redução no número de veículos e diminuição no consumo de combustíveis. Todas são medidas de austeridade adotadas pelo governo.

Segundo Márcia Regina, é uma situação de praxe. “Precisamos liberar a administração para a nova gestão. Nesse caso é praxe que os cargos sejam exonerados para serem entregues livres. Estamos em processo de transição em que algumas atividades do governo estão encerradas ou estão em diminuição. Estamos fazendo uma diminuição para que mais cedo a gente possa estar fazendo essa etapa de fechamento de governo”.

 

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