Para evitar acúmulo de dívidas, o Governo do Acre decidiu cancelar o contrato de aluguel da casa do líder seringueiro Chico Mendes, no município de Xapuri, no interior do Acre. O contrato prevê o pagamento de R$ 5 mil mensais para cada herdeiro do seringueiro, totalizando R$ 20 mil mensais. Além disso, o estado é responsável pela manutenção do local.
Ao G1, nesta terça-feira, 6, a presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), Karla Martins, explicou que o contrato já encerrava em dezembro, porém, foi decidido desfazer o contrato para evitar acúmulo de despesas para o próximo governo.
“Decidimos desfazer o contrato para que não fiquem despesas com questão de aluguel. Todos os nossos aluguéis já foram encerrados, esse era o único que tínhamos mantido. Todos os contratos foram publicados no Diário Oficial do Estado”, afirma.
Karla explica que essa foi a única forma que o governo encontrou de manter a casa aberta para visitações. Segundo ela, a família não queria manter o espaço se não tivesse algum tipo de pagamento e esse foi o valor ao qual chegaram após um acordo.
“Eles [familiares] não queriam manter a casa, nem ceder o imóvel. Lá tem manutenção e vigilância, tudo que nós cuidamos. Para manter essa estrutura, eu precisava de algum amparo e eles só liberariam o espaço a partir do aluguel. Com é um espaço que sempre tem visitação, foi feito esse acordo”, explica.
A presidente da FEM diz que espera que a casa fique aberta ao menos até dezembro deste ano. Porém, fala que ainda devem conversar com a família para avaliar a possibilidade de manter as visitações.
Além do contrato de aluguel da Casa de Chico Mendes, Karla explica que todos os outros contratos de outros espaços culturais também foram finalizados. Por isso, alguns desses locais podem até permanecer abertos, mas em horários reduzidos.