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Em reunião com Bolsonaro, Gladson Cameli fala em fechar a fronteira para combater o tráfico

Reunião de Governadores (FOTO ASSESSORIA)

O governador eleito Gladson Cameli (PP) participou ontem, 14, em Brasília, do Fórum de Governadores com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A reunião, que contou com a participação de mais 17 futuros mandatários, teve como objetivo debater ações mais efetivas nas áreas de Segurança Pública, Educação, Saúde, Infraestrutura, Economia, bem como as reformas.

Seguindo a linha do novo presidente, Gladson defendeu a unidade entre os estados para evitar o agravamento da crise econômica e política do país. Ele defendeu que sejam observadas a particularidade de cada federação. “Nosso país é imenso e cada Estado tem prioridades que precisam ser colocadas em pauta. O Acre, por exemplo, é um estado que sofre bastante com a falta de uma saúde e de uma segurança pública eficiente. Aqui estamos conversando sobre esses temas”, informou Cameli.

Na área da Segurança Pública, Cameli falou em “fechar” fronteiras para combater o tráfico. “Precisamos urgentemente fechar aquelas fronteiras e dar segurança”, declarou, ao dizer que a fronteira do Acre está “totalmente aberta” e que não há segurança atualmente.

Quanto às possíveis reformas, Gladson pontuou que o momento tem exigido ações eficazes que desburocratize a vida dos cidadãos brasileiros. “Defendo as reformas, pois elas são fundamentais para a estabilização das finanças públicas. Claro, feitas com responsabilidade”.

Medidas necessárias – Na oportunidade, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) frisou que, embora ‘amargas’, algumas medidas são necessárias. “Algumas medidas são um pouco amargas, mas não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo”, afirmou Bolsonaro. “Temos de buscar soluções, não apenas econômicas. Se conseguirmos diminuir a temperatura da insegurança no Brasil, a economia começa a fluir.”

Ainda de acordo com Bolsonaro, a equipe econômica de seu governo está concluindo propostas de reformas que devem ser apresentadas ao Congresso. Ele lembrou que tem pedido ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB/CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), a aprovação de medidas ainda neste ano. “Temos que aprovar reformas, que estão sendo ultimadas pela minha equipe econômica. Já temos pedido aos presidentes da Câmara e do Senado determinadas matérias. Termos de buscar soluções, não apenas econômicas. Se conseguirmos diminuir a temperatura da insegurança no Brasil, a economia começa a fluir”, completou o presidente eleito.

Bolsonaro defendeu, ainda, a união dos Estados. “Não teremos outra oportunidade de mudar o Brasil. Nós temos que dar certo. Trabalhar unidos e irmanados nesse propósito”.

Pacto – No encontro de ontem, Bolsonaro propôs aos governadores um pacto a favor do Brasil, no esforço de buscar soluções para os problemas e contribuir na administração das dificuldades. O presidente eleito frisou que o pacto será negociado “independentemente de partido [político]. A partir deste momento não existe mais partido. Nosso partido é o Brasil”, disse, sob aplausos.

Bolsonaro negou que o Ministério do Meio Ambiente será comandado pela atriz e escritora Maitê Proença. De acordo com ele, o nome escolhido será o de uma pessoa que conhece com profundidade a questão ambiental e vai focar na concessão de licenças, que, na opinião dele, está cercada de burocracia. “Queremos preservar o meio ambiente, mas não dessa forma que está aí”.

O presidente eleito disse ter ouvido uma análise pertinente do futuro governador de Goiás, Ronaldo Caiado: “Ninguém consegue entender porque o Brasil, com a riqueza que tem, está na situação de hoje”, afirmou Bolsonaro. “Temos que destravar questões que nos colocam em situação de atraso.”

 

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