De acordo com o levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) o Brasil gasta R$ 3,48 per capita por dia para cobrir as despesas com saúde de seus mais de 207 milhões de habitantes. Por ano, o investimento representa um gasto médio de R$ 1.271 por pessoa. A entidade classificou o valor como “abaixo do ideal”.
Apesar do gasto médio anual per capita com saúde no país ser de R$ 1.271,65, entre os 26 estados federativos, três estados apresentam valores per capita acima da média nacional, são eles: Mato Grosso do Sul (R$ 1.496,13), Tocantins (R$ 1.489,18) e Acre (R$ 1.306,91).
Esse valor representa a soma dos gastos federais, estaduais e municipais. De acordo com o estudo, o Acre ocupa o quarto lugar no ranking de gastos. O valor dos outros estados brasileiros varia de R$ 703,67, no Pará, a R$ 1.771,13, em Roraima.
Já estados com alta densidade populacional e índices elevados de desenvolvimento econômico apresentaram índices menores, como Mato Grosso (R$ 1.243,84), São Paulo (R$ 1.235,15), Rio Grande do Sul (R$ 1.207,13), Rio de Janeiro (R$ 1.194,19), Paraná (R$ 1.129.36) e Minas Gerais (R$ 1.011,21).
O levantamento mostra que, de 2008 a 2017, os gastos públicos per capita com a saúde no país não tiveram reajustes que superassem os valores de reposição previstos no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o principal indicador de inflação no Brasil e que, no período, subiu cerca de 80%.
De acordo com o Conselho de Medicina, o gasto insuficiente reflete em baixos indicadores de saúde e em más condições de trabalho. Por outro lado, o CFM apontou que o dinheiro público tem sido mal gerido, principalmente pela falha de gestores em conseguir elaborar projetos.