O livro que conta a história da estudante de arquitetura acreana que não levava desaforo para casa, defendia seus direitos e valores, possuía uma liderança nata como parte forte de sua personalidade e lutou bravamente contra o câncer. A obra é uma realização do pai da jovem, o professor aposentado Emir Mendonça, de 72 anos. O lançamento do livro ocorre na Livraria Paim, no Centro, na sexta-feira, 30, às 17h.
Vale ressaltar que toda a renda adquirida pela venda dos livros, será doado para o Hospital de Barretos Acre (Hospital do Amor). O exemplar será vendido ao preço de R$ 50.
“O objetivo deste registro foi eternizar a passagem de minha linda filha pelo planeta e que o recado que ela nos passou, é de que a vida vale a pena ser vivida. Ao adquirir o livro estará ajudando na manutenção do hospital filantrópico”, destacou Mendonça.
Com o título “Em memória de minha filha Evelyn – o câncer venceu o corpo, mas não o espírito da guerreira”, a obra é um livro de autoajuda, porém, o teor não é nada dramático, mas sim uma mensagem de esperança e uma forma de deixar a filha viva e usá-la como exemplo de garra e luta contra a doença, explicou o professor.
A história da jovem ganhou repercussão através das redes sociais, quando elas começou a compartilhar a luta travada contra a doença. Sempre com a fé inabalável, ela dizia que enfrentava o câncer de cabeça erguida. E também apoiava projetos que ajudava crianças a enfrentarem a doença.
Evelyn, apesar da situação dura que vivia, não abandonava o sorriso e a alegria com que enxergava a vida. Adorava os animais e sabia valorizar as pessoas. Parte dessa valorização vinha da vontade de ajudar, que era um dos seus maiores desejos na luta por sobreviver. Viver a vida era para ela também fazer o melhor pelo outro.
Ela foi diagnosticada com câncer na medula em abril de 2016. Desde então, encabeçou campanhas e projetos para ajudar não só a ela, mas outras pessoas que também precisam combater a doença.
Em agosto de 2016, finalmente, recebeu a medula que tanto esperava. Para surpresa dela, o transplante veio do próprio irmão, Kevin Oliveira, que se mostrou 100% compatível. Os dois emocionaram a internet com o relato de todo o processo.
Porém, em outubro de 2017, a jovem teve que voltar a São Paulo. O câncer havia voltado e foi preciso retomar o tratamento. Porém, já em janeiro, os remédios não surtiam efeito e a doença se espalhou. Foi aí que a família decidiu sedar a jovem para que não sofresse mais.
No dia 11 de janeiro de 2018, a jovem morreu aos 22 anos em São Paulo.