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OAB/AC lança campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra Mulher

Quem anda pelas ruas de Rio Branco já deve ter visto outdoors em que aparecem cinco digitais influencers acreanas simulando serem vítimas de violência. Nas redes sociais das influencers não é diferente: fotos recriam a violência vivida diariamente pelas mulheres.

Juliana Vellegas, Jéssica Ingride, Jucianne Menezes, Yara Vital e Gleiciely Damasceno deram voz às vítimas de violência doméstica. A campanha 16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra as Mulheres é realizada pela Comissão da Mulher Advogada OAB/AC e a Comissão dos Direitos da Mulher da ABA/AC.

Segundo a advogada Socorro Rodrigues, presidente da Comissão da Mulher Advogada, o objetivo da campanha é chamar atenção da população sobre o tema e mostrar os diversos tipos de violência contra a mulher.

“Quando a gente fala de violência doméstica a gente pensa que não é um assunto comum. Mas foi bem interessante porque as influenciadoras aderiram à campanha de forma que as mulheres passaram a se identificar com elas”, contou ao acrescentar que a campanha nas redes sociais atingiu um público de mais de 9 mil pessoas, que curtiram as publicações das influencers.

Rodrigues destaca que as mulheres vítimas de qualquer tipo de violência precisam de apoio da família, dos amigos e, sobretudo, acolhimento institucional através de redes de proteção e políticas públicas.

“É uma ação integrada da OAB, Ministério Público, Rede de Proteção, Tribunal de Justiça, com a intenção de chamar atenção para o tema e reduzir os números que têm sido crescentes”.

O lançamento oficial da campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra as Mulheres ocorre nesta quarta-feira, 28, no auditório da OAB/AC. A programação inclui palestras na rede pública de ensino e vai até o dia 10 de dezembro.

Depoimentos nas redes sociais

Nas redes sociais em que foram postadas as fotos da campanha, diversos depoimentos de mulheres vítimas de violência emocionam. Mulheres vítimas de violência física, psicológica, sexual, moral, econômica, entre outras.

“Apanhei tantas vezes calada. Carregava minha dor. Envergonhava-me. Era muita humilhação. Sentia-me tão pequena, desvalorizada, incapaz. Mas, um dia o sangue subiu à cabeça e eu reagi. Foi difícil, doloroso… mas meu grito foi ouvido por mim mesma. Venci”, escreveu uma internauta.

 

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