O dia D da Black Friday é 23 de novembro, mas os consumidores acreanos já sabem que vão aproveitar o período de descontos para comprar TVs e celulares. Notebooks, roupas de marca, eletrodomésticos e perfumes também aparecem na lista dos queridinhos. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio/AC).
Segundo a pesquisa, 72% da população rio-branquense deve aproveitar a Black Friday para deste ano para compras. Uma parcela de 37% da população não mostra interesse para gastar durante o período de descontos. Para 15% dessa parcela, não há efetiva redução de preços e outra de 12%, considera apenas mais propaganda comercial.
A falta de confiabilidade por parte dos consumidores tem lógica já que nos EUA, a Black Friday oferece descontos de 30% ou mais. No Brasil, os descontos são, em média, de 10%. Além disso, muitas lojas anunciam falso desconto, comercializando seus produtos com o valor real.
Porém, apesar da diferença, esse é o melhor período para aproveitar as ofertas do comércio. Segundo o site Black Friday de Verdade, a data é a melhor oportunidade de compra no comércio eletrônico.
Conforme a Fecomércio, 31% dos entrevistados devem gastar um valor médio unitário de até R$ 200. Outros 20% devem gastar entre R$ 200 e R$ 400, e 27%, acima de R$ 400. A forma de pagamento mais utilizada permanece o cartão de crédito, seguido do pagamento à vista.
Fuja das furadas
E por falar em preços e formas de pagamento, vale lembrar que o consumidor precisa tomar cuidado para não cair em furadas como comprar produtos sem procedência ou em lojas não confiáveis. A empolgação com tantas opções e descontos atrativos pode se transformar em dor de cabeça.
A recomendação do diretor-geral do órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/AC), Diego Rodrigues, é pesquisar os preços reais dos produtos antes do dia D da Black Friday.
“Muitas vezes o produto anunciado acaba sendo comercializado pelo seu real valor. O consumidor deve ficar atento e reunir o maior número de informações antes de realizar a compra”, alerta.
Para ajudar na hora de escolher o site e/ou loja em que comprar, Rodrigues dá quatro dicas para os consumidores. A primeira é fazer compras apenas em sites confiáveis. “Para verificar a segurança da página, ele deve clicar em um símbolo de cadeado que aparece no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela. O endereço da loja virtual deve começar com http://;”.
Verificar os preços dos produtos antes do período de descontos é a segunda recomendação. Analisar a descrição do produto e comparar com outras marcas também é um fator importante na hora da escolha.
Por último, o consumidor deve guardar todos os comprovantes de pagamento. “É muito importante imprimir ou salvar todos os documentos que demonstrem a oferta e confirmação do pedido, como comprovante de pagamento, contrato, anúncios, etc”.
Correios ampliam logística
Em 2017, milhares de consumidores tiveram problemas com a entrega dos Correios. Os produtos adquiridos pela metade do preço vieram acompanhadas do dobro do prazo de entrega. Somente o site Reclame Aqui registrou um aumento de 142% nas queixas contra empresas.
Para este ano em que o e-commerce espera um incremento de 20% nas vendas, segundo dados da Infracommerce, a estatal se preparou para atender a demanda. A previsão de aumento do volume de entregas para o período de fim de ano é superior a 40%, se comparado à média de outros meses.
O empresário Luan Chalub foi um dos clientes que teve problemas com o prazo de entrega ano passado. O prazo para receber a televisão que comprou quase triplicou. “O prazo de entrega era de 20 dias. Eu esperei quase dois meses para receber meu produto, já estava pagando a segunda parcela quando chegou”.