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Cheia do Rio Juruá já atinge nove comunidades no interior do Acre

O rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, tem apresentado vazante nas últimas horas e a previsão é que continue reduzindo o volume de água durante a terça-feira, 27. Entre à tarde da segunda, 26, e manhã de terça-feira, 27, o rio saiu de 13,38 metros para 13,33 m, uma baixa de 5 centímetros.

No entanto, a Defesa Civil mantém as ações de monitoramento e acredita que o manancial volte a encher, pois nos municípios de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, no interior do estado, o nível subiu novamente nos últimos dias.

Por conta da cheia, cinco famílias já tiveram que sair de suas casas na segunda maior cidade do Acre e a Defesa Civil já montou uma estrutura para atender um maior número de desabrigados, tendo em vista a previsão de o rio voltar a encher.

“O trabalho agora que começou para o que deve vir. Vamos continuar acompanhando toda situação para dar apoio às famílias que necessitarem”, garantiu o comandante do Corpo de Bombeiros, capitão Rômulo Barros.

A preocupação da Defesa Civil se deve ao fato de que o Juruá, que tinha apresentado uma vazante de quase dois metros nos municípios acima, voltou a elevar seu nível. Em Marechal Thaumaturgo, o nível do rio subiu mais de 3 metros de domingo, 25, até esta terça-feira, 27, já em Porto Walter, a elevação foi de 60 centímetros nas últimas 24 horas.

“O rio baixou aqui, mas já subiu em Porto Walter e acredita-se que amanhã [quarta, 28] essa água possa chegar aqui. Já estávamos trabalhando com essa previsão de que o rio baixe até 15 cm, mas volte a subir”, disse o coordenador da Defesa Civil de Cruzeiro do Sul, José Lima.

Por conta disso, a Defesa Civil montou uma sala de situação no Corpo de Bombeiros de onde tomará as medidas de atenção às famílias que precisarem de apoio nas regiões inundadas. Além disso, já preparou um abrigo coletivo na antiga Santa Casa e montou uma tenda no porto da cidade de onde vai monitorar as comunidades que já foram afetadas pela cheia.

Mais de 800 moradores já tiveram o fornecimento de energia suspenso na cidade, onde já existem nove comunidades alagadas. No bairro da Várzea, cinco famílias foram retiradas de suas casas pela Defesa Civil e estão no Aluguel Social. Outros três moradores saíram por conta própria e foram para casa de familiares.

Em algumas regiões dos municípios do Vale do Juruá, os produtores rurais já tiveram prejuízos na plantação. Água já invadiu roçados de milho, mandioca, melancia e feijão.

 

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