Em visita ao Jornal A GAZETA, o senador Jorge Viana (PT) fez uma avaliação do atual cenário político do Brasil e do Acre. Ele também falou sobre projetos para sua carreira profissional e não descartou a possibilidade de disputar um cargo majoritário nas próximas eleições.
“Estou torcendo que as coisas melhorem no país. Estamos vivendo esse ‘todos contra todos’ já faz um tempo. Queria que o Brasil fosse pacificado e que a gente começasse uma fase. O novo governo está nos deixando diante de muitas incertezas, mas acho que precisamos viver isso, enfrentar esses problemas”.
Quando se trata da mudança de governo do Estado, o petista se mostra preocupado com a atual situação econômica, mas ressalta o desejo de avanço em todas as áreas.
“Tem que ter um recomeço, mas acho que vamos ter muitas dificuldades pela frente. Espero que esse não seja o último capítulo do livro, eu sei que cada um de nós tem um pouco de culpa pelo o que aconteceu, mas acho que paguei uma conta alta, que não era só minha. Mas isso não pode me dar o direito de ficar com qualquer ressentimento porque eu já fui muito ajudado. E o melhor de tudo é que o trabalho que eu fiz está aí, atravessou o tempo. Eu só quero que as coisas voltem a dar certo no Acre e no Brasil”.
Após oito anos atuando no Senado, Viana conta que se sente mais preparado para trabalhar tanto na iniciativa privada quanto no poder público.
“Ainda estou novo pra pensar em me aposentar. Estou na fase da muda, pensando no que fazer para me sentir útil e produtivo. Estou começando a ver oportunidades de trabalho, tentando ver se encontro um jeito de fazer uma conexão dupla de estar no Acre e também fora trabalhando. Quanto à política, se eu puder, espero ser coautor ou autor do último capítulo dessa história bonita, ou seja, nada de entregar os pontos”.
Questionado sobre uma possível candidatura ao governo do Acre, Viana não descarta a possibilidade de disputar o cargo nas próximas eleições.
“Eu nunca pensei antes e não posso pensar depois de ter sido governador. Minha vó sempre dizia que o futuro a Deus pertence. Não tenho nenhum foco de voltar a ser governador, mas dependendo das circunstâncias, dando um tempo, eu acho que tenho que estar disponível para ajudar seja de que maneira for ocupando ou não um cargo”.
Por fim, o senador afirma que esse é o momento para o PT e a Frente Popular mudar e se adaptar as novas circunstâncias. “Temos que ser resilientes e passar por um processo de reinvenção e adaptação, e não de enfrentamento. Fazer autocrítica é pouco… nós temos é que mudar de verdade e sermos resilientes”.