Devido à frequência e intensidade cada vez maior das chuvas na região, o Corpo de Bombeiro do Acre e a Defesa Civil monitoram o nível dos rios acreanos. De acordo com medições desta quinta-feira, 27, apenas as cidades de Rio Branco, Sena Madureira, Tarauacá e Cruzeiro do Sul inspiram cuidados por estarem perto da cota de alerta.
O restante dos municípios apresenta uma margem de segurança razoável, destacou o major do Corpo de Bombeiros, Claúdio Falcão.
“Em Rio Branco estamos a quatro metros da cota de alerta. Em Cruzeiro do Sul, estamos a 1,5m da cota. Já em Tarauacá estamos a quatro metros, mas o nível pode subir num dia só”, ressaltou o oficial.
Apesar disso, se as condições meteorológicas continuarem, a cota de alerta dos rios acreanos pode ser atingida logo no início de 2019, comentou Falcão.
A previsão do tempo para o mês de janeiro é de chuva todos os dias. Essa é a estimativa do coordenador do Grupo de Estudos e Serviços Ambientais da Universidade Federal do Acre (Ufac), Alejandro Fonseca.
Rio Madeira passa dos 13 metros em Porto Velho
Enquanto isso, em Porto Velho/RO, o nível do Rio Madeira vem mantendo a cota dos 13 metros com pequenas variações nos centímetros. Essa elevação do nível do Madeira já preocupa os ribeirinhos e quem mora nas áreas mais baixas na área urbana da capital de Rondônia.
Devido à quantidade de chuvas vindas da Bolívia, principalmente das cabeceiras dos rios Beni e Madre de Dios, o nível do Rio Madeira tem aumentado drasticamente em comparação com o mesmo período do ano passado.
A equipe da Defesa Civil da Prefeitura de Porto Velho está em estado de alerta para qualquer eventualidade. Alguns bairros já estão sendo notificados pela Defesa Civil. O risco de alagamento nas áreas mais próximas do rio é iminente.
Nível atual está longe da cheia histórica de 2014
Em 2014 ocorreu a maior cheia no Rio Madeira, com tempo de recorrência de, aproximadamente, 300 anos. O manancial em Porto Velho atingiu a marca recorde de 19,74 metros em 30 de março de 2014, mais de três metros acima da cota de emergência estabelecida por órgãos públicos nesse local – 16,68 metros.
Até então, a maior marca já registrada era 17,51 metros em abril de 1997. Comportamento semelhante foi observado nos rios Mamoré, Guaporé e Abunã, que também atingiram níveis excepcionais naquele ano.
Por conta da cheia, o Acre ficou isolado por terra durante três meses.