Funcionando desde março deste ano, o Colégio Militar Estadual Tiradentes comemorou o encerramento de seu primeiro ano letivo com uma solenidade na manhã desta quinta-feira, 6, destacando o pioneirismo na área e inúmeros indicadores positivos.
Até o ano passado, o Acre era o único estado do país que não contava com um colégio militar. Criado em dezembro de 2017, na gestão do governador Tião Viana, o Tiradentes atende hoje 562 alunos, entre dependentes de militares estaduais e comunidade civil do bairro Calafate, em Rio Branco.
Com turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II, o colégio conta ainda com um quadro de 21 professores, enquanto a administração escolar e pedagógica reúne 34 profissionais, entre militares e civis. Tudo isso numa infraestrutura nova, dotada de salas de aula, biblioteca, sala de informática, auditório e quadra poliesportiva.
Representando o governador Tião Viana na solenidade, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Kinpara, destacou o valor da instituição militar estadual na gestão de um colégio e a importância na construção do futuro desses jovens.
“Este é um sucesso total. Tem sido uma experiência fantástica que me faz parabenizar o governo do Estado, com o próprio governador junto com a Secretaria de Educação e a Polícia Militar, onde estamos dispondo um efetivo e realizando um trabalho fantástico não só na sala de aula, mas com projetos que vão além aqui dentro”, conta o comandante.
Sistema modelo – Com um modelo que aplica as diretrizes educacionais curriculares junto ao regimento militar, o Colégio Tiradentes também oferece aulas de libras, xadrez, capoeira, taekwondo e música.
O diretor do colégio, major Agleison, destaca as oportunidades oferecidas, principalmente por estar localizado numa região com diversos bairros, onde muitos moradores se encontram em situação de vulnerabilidade social.
“O colégio representa a oportunidade de ter um ensino de qualidade e uma formação mais cidadã, mais cívica, com obediência às regras sociais, às legislações, com ética e cidadania. A gestão está buscando aqui alinhar esses dois pilares: um ensino de qualidade e uma formação social”, conta.
O secretário adjunto de Educação, Evaldo Viana, completa: “Esse foi um grande desafio do nosso governo cumprido hoje. Esta gestão não é apenas a conquista do colégio militar. Também tivemos escolas de tempo integral, reformas e garantia dos bons números por indicadores como o Ideb. E isso é o que temos muito a comemorar. É um fechamento de governo, mas muito positivo na área da educação”.
Entre os alunos está Isaías do Nascimento, de 12 anos. Além de gostar muito da mudança de ritmo que o colégio militar lhe proporcionou, ele se destacou no xadrez, pois aprendeu a jogar apenas em junho deste ano, mas o suficiente para vencer cinco competições.
“Agora aqui está muito bom. Eu não tinha o que fazer no meu antigo colégio, só o futebol, que eu não gostava muito. Meu professor chegou na sala e perguntou quem queria fazer xadrez. Como sou muito curioso, decidi participar. Agora estou aqui e pretendo continuar”, conta o garoto. (Samuel Bryan / Agência Acre)