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Operação Blackout ocorreu no Acre e outros 14 estados brasileiros com a finalidade de desarticular facção criminosa

A Operação “Blackout” foi deflagrada nesta terça-feira, 4, com ações no Acre e em outros 14 estados brasileiros. O objetivo é desarticular uma célula do Primeiro Comando da Capital – PCC responsável pela cooptação e cadastro de novos integrantes da facção. Liderada pelo Ministério Público através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), as investigações duraram três meses.

Esta foi a primeira ação nacional integrada deste ano. Ao todo foram cumpridos 19 mandados de prisão e dois de busca e apreensão nas cidades de Tarauacá, Sena Madureira e Rio Branco, além do Estado de Roraima.

Das prisões, nove ocorreram em Tarauacá, quatro em Sena Madureira e uma em Boa Vista (RR). Além disso, dois mandados de busca também foram cumpridos.

De acordo com o Gaeco, foi possível identificar ações de interiorização da facção criminosa com a migração de lideranças para a região de Tarauacá – Envira, buscando a consolidação de rotas para o tráfico de drogas.

Foi então que se descobriu que a célula era responsável por realizar os cadastros de novos e antigos membros da facção, bem como por distribuir, entre os quadros, as informações relativas à mudança de codinomes e de responsabilidades.

A Operação foi coordenada pelo promotor Bernardo Albano, coordenador-adjunto do Gaeco, e contou com o apoio do Gaeco de Roraima do MP de Roraima e da Polícia Civil do Acre.

“Essa célula foi identificada durante a operação anterior, a Xeque-Mate, quando através de documentos apreendidos na operação nós conseguimos fazer a identificação dessa célula que era responsável, resumidamente, pela manutenção de cadastros dos seus integrantes, além de manter registrados os dados referentes a responsabilidades de faccionados dentro dos grupos criminosos e de possíveis dívidas que esses faccionados possuíam”, explicou o promotor.

O promotor destacou ainda que, em Roraima, foi identificado um chefe de facção com influência nacional.

No Acre, a operação contou com o apoio do Gaeco do Ministério Público do Estado de Roraima e da Polícia Civil. Entre janeiro e novembro de 2018, o Ministério Público acreano ofereceu 288 denúncias contra integrantes de facções criminosas.

Ação nacional visa combater o crime organizado

A ação de âmbito nacional foi articulada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) e acontece no Acre, Alagoas, Distrito Federal e Territórios, Espírito Santo, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Estão incluídas diligências em 15 unidades da federação – AC, AL, DF, ES, GO, MS, PE, PB, PR, RJ, RR, RS, SC, SP e TO – e tem por alvos integrantes da facção criminosa de origem paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), das cariocas ComandoVermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigo dos Amigos (ADA), da capixaba Primeiro Comando de Vitória (PCV) e da paraibana OKAIDA RB, uma dissidência da OKAIDA.

Ao todo, objetiva-se o cumprimento de 266 mandados de prisão e 203 de busca e apreensão. “Essa ação nacional mostrou mais uma vez que o combate ao crime organizado é uma preocupação do Ministério Público brasileiro, que vem desenvolvendo um trabalho de repressão por meio dos Gaecos nos estados”, afirmou o promotor Bernardo Albano, coordenador-adjunto do Gaeco do MPAC.

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