Começa a valer nesta quinta-feira, 13, o reajuste no valor da tarifa de energia elétrica no Acre. O aumento é de 21,29%, sendo que os clientes da Baixa Tensão (residencial e comercial) terão correção de 19,82% e os da Alta Tensão (indústrias) de 28,04%.
Sobre o assunto, o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fieac), José Adriano, comentou que o aumento foi maior que o esperado pelo setor e que o reajuste causa um efeito cascata que deve chegar até o preço final dos produtos e, consequentemente, aos consumidores.
“Assustou o valor do reajuste. Além de ser no Acre, o valor se torna ainda mais caro. O repasse não acontece de maneira imediata. A previsão é que o aumento seja sentido pelos consumidores em fevereiro de 2019. Por outro lado, o comércio já deve sentir os primeiros impactos nos próximos dias. É lamentável”, comentou o presidente.
O Reajuste Tarifário Anual é um processo regulado pela Aneel, prevista no contrato de concessão da empresa que apresenta regras bem definidas a respeito das contas de luz, assim como a metodologia de cálculo dos reajustes tarifários.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o principal motivo para o reajuste foi a falta de chuva no Brasil no decorrer do ano. Por outro lado, o reajuste da parcela para as distribuidoras foi negativo, de -0,29%.
É importante reforçar que o reajuste tarifário no Estado seria ainda maior se, na proposta de compra da Eletroacre, a Energisa não tivesse oferecido um deságio que representou uma redução tarifária de 3,42%. Ou seja, se não fosse o processo de privatização, os consumidores do Acre observariam um efeito médio de 24,71%.
O reajuste da parcela B significa que, em uma conta de R$ 100, o que ficará para a empresa será R$ 30,21, ou seja, 30%. O restante é para pagamento de impostos e outros custos, como a compra de energia.
O investimento da empresa no Acre é na ordem de R$ 228 milhões para o próximo ano.
O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, comentou que já tinha alertado sobre o reajuste quando houvesse a privatização da Eletroacre. Quem paga uma conta de R$ 100, por exemplo, vai ter que buscar mais R$ 22 para quitar o consumo.