A participação dos parlamentares brasileiros na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas deste ano (COP24) teve início no último domingo, 9, com uma reunião da União Interparlamentar (UIP), entidade que reúne congressistas de todo o mundo.
Presente na agenda, o senador Jorge Viana (PT), relator da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, pontua que um dos principais desafios do encontro é garantir o cumprimento dos compromissos assumidos no Acordo de Paris, assinado em 2015, na COP21.
O acordo estabelece mecanismos para que os países signatários limitem as emissões de poluentes para conter o aumento da temperatura global em menos de 2ºC. Um dos compromissos do Brasil é cortar 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025, com indicativo de atingir o percentual de 43% até 2030.
A conferência, que começou no dia 2 de dezembro, em Katowice, Polônia, vai até a próxima sexta-feira, 14. Um dos levantamentos divulgados durante a COP24 aponta que, até o fim deste ano, as emissões globais de carbono podem crescer até 3%, projeção considerada recorde nos últimos anos. Para Jorge Viana, o custo que a humanidade vai pagar se não implementar o Acordo de Paris será muito alto.
“A grande discussão deste evento é o que os parlamentos do mundo têm que fazer vinculados ao acordo do clima. Não é só ratificar o acordo, mas agora todo o aparato de legislação voltado para uma economia de baixo carbono [que diminui o impacto da produção e queima de energia, bem como a emissão de gases do efeito estufa]. Agora, como alcançar isso é o problema. Não pode ser algo que venha só do governo, não pode ser de um segmento da sociedade, tem que ser de todos. Parece que não caiu a ficha ainda. É mais barato, mais civilizado e mais importante para a vida no planeta a prevenção e a implementação de uma economia e de uma vida de baixo carbono”, declarou o senador. (Com informações da Agência Senado)