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Aumento de casos de caxumba pode ter relação com baixa cobertura vacinal no Acre

Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa), o número de casos de caxumba cresceu no segundo semestre de 2018. Ao todo, 167 casos foram registrados na Capital, sendo que a faixa etária mais afetada foi entre 20 e 29 anos.

Os municípios de Xapuri, Tarauacá, Rodrigues Alves, Capixaba e Acrelândia também registraram casos da doença.

A técnica de Vigilância Epidemiológica do Estado, Eliane Costa, explica que o aumento de casos da doença pode estar relacionado à baixa cobertura vacinal da tríplice viral no Acre.

No ano passado, 71,85% do público-alvo alvo foi imunizado contra a doença, sendo que a meta era de 95%. “Com isso, você percebe que ainda existem pessoas sem a imunização, sem a devida proteção”.

Costa destaca que apesar de o crescimento de casos da doença ser considerável, ainda não caracteriza surto.

“São casos que não têm relação entre si. Estão espalhados por todo o território e não há uma concentração em uma comunidade fechada, por exemplo, em um presídio ou escola. Por esse olhar epidemiológico, não é considerado surto, mas existe sim um vírus circulando no município.”

Com o vírus da doença circulando pela capital acreana, a técnica faz um alerta para a população: “Mesmo na fase adulta, havendo comprovação ou não da vacina, procure uma unidade de saúde para colocar a vacinação em dia. Isso só vale para as pessoas que não desenvolveram a doença. Depois que adoece não precisa mais tomar a vacina, porque a pessoa cria imunidade por causa da doença”.

A doença

A caxumba, também conhecida como Papeira, é uma infecção viral aguda e contagiosa, que pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso do corpo humano, mas é mais comum afetar as glândulas parótidas, que produzem a saliva.

A doença costuma causar febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares e, às vezes, das glândulas sublinguais ou submandibulares – o que causa inchaço na região do pescoço e da mandíbula.

Porém, segundo o Ministério da Saúde, cerca de um terço dos casos pode não apresentar sintomas.

BRUNA MELLO

Fabiano Azevedo: