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Corpos achados boiando em rio são enterrados como indigentes 

Corpos achados boiando em rio são enterrados como indigentes 

Os corpos de dois homens que foram achados boiando nas águas do Rio Acre na quarta-feira, 9, foram enterrados sem identificação na quinta, 10. A informação foi confirmada nesta sexta, 11, pelo Instituto Médico Legal (IML). As vítimas foram enterradas no cemitério Morada da Paz, no bairro Calafate.

O órgão informou que não foi possível fazer a identificação devido ao estado avançado de decomposição dos corpos. Porém, coletaram amostras biológicas para realização de exame de DNA no caso de possíveis parentes que busquem a unidade para tentar identificar as vítimas.

O delegado Cristiano Bastos, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), falou sobre as investigações. Segundo ele, os dois casos são de homicídio. A primeira vítima tem marca de arma de fogo e a segunda foi morta com perfurações de uma arma branca.

“Por conta do estado avançado de putrefação, e também pelo fato de um dos corpos estar dentro do rio, sabemos que os crimes ocorreram há algum tempo. Porém, o laudo cadavérico é que vai mostrar mais informações e também a quantidade de perfurações que uma das vítimas sofreu”, explica.

Corpos achados em rio

O primeiro cadáver foi achado após boiar às margens do Rio Acre na Rua Campo Novo, no bairro Airton Sena, na capital acreana. Uma equipe dos bombeiros foi acionada para fazer o resgate do cadáver na manhã de quarta, 9.

Menos de quatro horas depois, um barqueiro encontrou outro corpo em estado de decomposição. O homem estava com as mãos amarradas.

O Corpo de Bombeiros do Acre fez o resgate do cadáver, que estava no Porto do Beco Beira Rio, bairro Cidade Nova, e acionou o Instituto Médico Legal (IML).

Familiares chegaram a dizer que um dos corpos seria do trabalhador rural Raimundo Carvalho da Silva, de 39 anos, que está desaparecido desde sábado, 5, mas os exames não confirmaram.

A cunhada de Silva contou ao G1 que o corpo achado estava com a mesma bermuda, além de uma tatuagem no braço. Porém, o exame de DNA não confirmou a suspeita da família. (Quésia Melo / G1 AC)

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