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O trabalho dignifica

Muito acertada está sendo essa medida tomada desde a semana passada de colocar 500 presidiários para trabalhar na limpeza de ruas, calçadas e praças de municípios em todo o Acre. São de presos do regime semiaberto e do regime fechado, e que precisam atender alguns requisitos para ter esta nova oportunidade na vida. A iniciativa visa a ressocialização dos reeducandos, bem como a economia aos cofres públicos do Estado.
Não há motivos para o Acre ficar cuidando de 7,5 mil pessoas em todo o seu sistema prisional, cada uma custando cerca de R$ 2,7 mil por mês. A única resposta que essas pessoas poderiam dar ao Estado seria a de se reintegrarem à sociedade. Mas, a realidade é outra: 70% destes presos são reincidentes. É hora de mudar esse cenário.
Chega de passar a “mão na cabeça” de presos. O fato de pessoas terem cometido atos extremos, vis perante os olhos da sociedade e das leis, não as torna menos humanas, nem inábeis para a labuta. Pelo contrário, um pouco de trabalho duro não faz mal a ninguém. Reeducandos não são

“fofinhos, coitadinhos”. eles devem ser é trabalhadores.

Agora, há de se ressaltar que uma boa ideia não pode ficar só no plano do imaginário ou da expectativa ingênua de que pode dar certo. A ação envolve presidiários. Portanto, é preciso que o Estado invista em garantir um efetivo de agentes penitenciários para controlar os presos durante o tempo de serviço, evitar fugas ou riscos à população.
Bem executada, esta iniciativa tem tudo pra dar certo.

Fabiano Azevedo: