“Com o coração, escutou-lhe as dores, mais que físicas”
A quem lhe pedisse conselhos, ela recomendava: “Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz”.
E, em seus gestos, oferecia sustentação a suas palavras.
Nas visitas constantes aos fragilizados pela miséria ou pela enfermidade, frequentemente por ambas, era esse o bem que se esforçava por obter.
Certa vez, em seu cotidiano e humanitário sacerdócio, dirigiu-se à casa de um velho pobre e doente, que vivia só.
Conversou com ele e, com o coração, escutou-lhe as dores, mais que físicas. E sua presença afetuosa o confortou.
Constatando, então, o abandono a que estava entregue a pequena morada, pediu ao homem que a deixasse limpá-la e organizá-la.
O ancião recusou. Quem era ele para ter sua casa faxinada por Madre Teresa de Calcutá?
Mas ela insistiu. E ele cedeu. E ela se lançou a tarefa.
Em dado momento, a madre encontrou uma lamparina velha, suja e enferrujada, e lhe perguntou por que a peça não era utilizada. O homem disse que ninguém o visitava e que, por isso, ele não precisava de luz em sua casa.
Teresa limpou o objeto o melhor que pôde e, assim que dedicou os últimos cuidados da visita ao enfermo, antes de sair deixou a lamparina acesa.
Anos depois, o homem lhe mandou um recado: “Contem à minha amiga que a luz que ela acendeu em minha vida continua brilhando!”