Após diversas denúncias nas redes sociais, três mulheres foram à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na última segunda-feira, 14, para registrar boletins de ocorrência contra o acreano participante do BBB 19, Vanderson Brito, 35 anos.
Ao Jornal A GAZETA, a coordenadora da Deam, delegada Juliana D’ Angelis Carvalho, informou que as denúncias contra o biólogo são por estupro, agressão física e importunação ofensiva ao pudor. O crime mais recente ocorreu há nove meses, segundo a delegada.
“Os três procedimentos foram instaurados para apurarmos tanto a veracidade quanto a autoria e materialidade dessas denúncias. Estamos buscando provas testemunhais, materiais (fotos, áudios), mas não posso dar muitas informações porque é muito recente.”
Carvalho explica que o prazo legal para finalizar as investigações é de 30 dias, podendo ser prorrogável dependendo da necessidade da polícia. “Vou fazer de tudo para concluirmos essa investigação dentro desses 30 dias”.
Depois de reunir todas as provas das vítimas, Brito será intimado a prestar esclarecimentos sobre as acusações. A carta precatória será enviada a uma delegacia do Rio de Janeiro.
“Vou solicitar que seja expedida uma carta precatória, que é o documento que nós fazemos à oitiva da pessoa quando está em outra cidade. Depois vou identificar qual delegacia ficará a cargo disso.”
De acordo com a delegada, a Rede Globo de Televisão ainda não entrou em contato com a polícia. Carvalho também não soube informar como será o procedimento para encaminhar o acreano da casa até a delegacia.
“Não sei dizer como é a política da Globo sobre a questão de já haver o registro de ocorrência, se tem alguma punição ou só quando há condenação. Ainda vou verificar como vai ser feito esse contato da delegacia do Rio de Janeiro com a emissora. Não sei dizer se a polícia vai entrar na casa.”
A família de Vanderson
Em entrevista concedida a uma revista, a irmã do acreano, Vanda Brito, se mostrou surpresa ao ser informada sobre os registros de ocorrência. A família teria procurado registros de boletins de ocorrência, mas não encontraram nenhum.
“No momento, nossa família não vai se manifestar. Vamos procurar os nossos direitos e saber o que aconteceu”, disse.
BRUNA MELLO