A situação financeira do Estado do Acre não é boa, como mostra a avaliação do Banco Central divulgada na quarta-feira, 2. É o que afirma o secretário de Planejamento do Estado, Raphael Bastos.
Segundo o secretário, o Banco utilizou dados de 2017 para avaliar o Estado, ou seja, a informação de que a situação financeira é considerada “boa” está desatualizada.
Bastos explica que o balanço referente ao ano passado ainda será fechado. O prazo para divulgação da próxima avaliação não foi informado.
“Os resultados e impactos que estamos tendo em 2019 já sinaliza que as coisas saíram totalmente do trilho. Estamos com 13º atrasado, fornecedores com no mínimo 3 meses de atraso, contratos cancelados. Então, a saúde financeira de 2018 será bem diferente em relação a 2017”, aponta.
A avaliação do Banco Central
O Banco avalia a capacidade de pagamento dos Estados da Federação em quatro segmentos. São eles: ‘A’ para excelente situação; ‘B’ para bom; ‘C’ para má situação; e ‘D’ para estados praticamente inadimplentes.
A avaliação considera três fatores que os novos governadores herdarão: a dívida do estado em relação à receita; a poupança, ou se os governos separaram uma parte dos recursos recebidos para momentos de instabilidade e iliquidez, que verifica se há dinheiro em caixa para pagamento de curto prazo.
O Acre está entre os 12 estados que receberam nota final ‘B’. Na avaliação de sua dívida e de sua poupança, o Estado recebeu nota ‘B’. Em relação à liquidez, a nota foi ‘A’. Apenas o estado do Espírito Santo recebeu classificação ‘A’.
Além do Acre, receberam classificação ‘B’ os estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima e São Paulo, este em pior posição em relação aos demais. Rio de Janeiro e Minas Gerais aparecem nas últimas posições do ranking.