Os consumidores acreanos já estão pagando mais caro pela energia elétrica. O reajuste de 21,9% voltou a valer na terça-feira, 29, quando o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1) determinou a suspensão da liminar que barrava o reajuste.
Uma ação civil pública foi protocolada no dia 18 de dezembro na tentativa de cancelar o reajuste. O processo é de responsabilidade da Defensoria Pública da União e defensoria Pública Estadual, com apoio do deputado estadual Jenilson Leite (PCdoB) e de movimentos sociais.
No começo de janeiro, a Justiça Federal determinou a suspensão do reajuste de 21,9%, porém, a liminar permaneceu sendo recorrida em instâncias superiores e foi derrubada, com a nova decisão.
Em nota, a Eletroacre confirmou que o aumento está valendo desde a terça-feira, 29.
“A Eletroacre, que sempre cumpriu as determinações da justiça, vai voltar a aplicar o reajuste tarifário a partir de hoje [29 de janeiro]. Os clientes irão, gradativamente, receber a fatura de energia elétrica com o reajuste calculado e divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”.
Ainda segundo a Energisa, empresa que assumiu a distribuidora no Acre, serão investidos R$ 228 milhões em melhorias da rede de distribuição. “Reiterando o seu compromisso com a população do Acre de oferecer energia segura e de qualidade, contribuindo para o conforto dos seus clientes e com desenvolvimento econômico da região”, diz a nota.
Acisa repudia aumento
Em nota à imprensa, a Associação Comercial do Acre (Acisa) repudiou o reajuste considerado abusivo pela entidade.
“A Acisa, como representante do comércio, serviços, indústria e agronegócios no Acre, entende que é inadmissível que o consumidor pague a conta pela má gestão dessa entidade ao longo dos anos”.
A entidade destaca que o reajuste vai impactar negativamente no preço final dos produtos e serviços, assim como, agravar em todo comércio, a geração de emprego e renda de todo o estado.
“Em nome de todos os empresários do estado, a Acisa se coloca à disposição para podermos encontrar soluções plausíveis para garantia dos direitos de todos os cidadãos acreanos”.